Polícia-Civil e Ministério-Público investigam torcida organizada por suposto ataque a ônibus de torcedores cruzeirenses na Grande SP, um morreu.
A Justiça paulista decretou a prisão temporária, por 30 dias, de seis torcedores da organizada Mancha Alviverde, torcida do Palmeiras. O pedido foi feito pela Polícia Civil e pelo Ministério Público (MP) e foi atendido nesta quarta-feira (30).
Além da prisão, a Justiça autorizou o cumprimento de mandados de busca e apreensão em endereços relacionados à organizada, incluindo a sede da Mancha Alviverde. A medida visa coibir a prisão e a participação de torcedores em atividades ilícitas durante as partidas do Campeonato Brasileiro. A ação é uma resposta à violência que ocorre com frequência em estádios de futebol.
Investigação da Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva
Os torcedores cruzeirenses da Máfia Azul foram alvo de uma emboscada organizada por membros da Mancha Alviverde, torcida do Palmeiras, na Rodovia Fernão Dias, em Mairiporã. Nesta ação criminosa, um torcedor morreu e outros 17 ficaram feridos. Dois ônibus que levavam os cruzeirenses para Minas Gerais foram vandalizados: um foi incendiado e outro foi depredado.
A Polícia Civil está investigando a ação criminosa e identificou oito pessoas ligadas à Mancha Alviverde que participaram da emboscada. A Promotoria está apurando o envolvimento de torcidas que agem como ‘facções criminosas’. Três dos suspeitos investigados têm postos de liderança dentro da Mancha Alviverde.
A Drade e o Gaeco pediram prisões temporárias por 30 dias para seis dos palmeirenses investigados. O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP acompanha a investigação policial e concordou com os pedidos.
A investigação está sendo realizada pela Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva, com sede na capital paulista. As autoridades estão analisando vídeos que circulam na internet e filmagens de câmeras de segurança para identificar mais autores do ataque a ônibus dos torcedores da Máfia Azul.
O caso foi registrado inicialmente na Delegacia de Mairiporã como homicídio, incêndio, associação criminosa, lesão corporal e tumulto com violência, no âmbito da Lei Geral do Esporte. A investigação foi transferida para a Drade e, agora, o Ministério Público está analisando os pedidos de prisões.
O g1 e a TV Globo apuraram que o Ministério Público foi favorável aos pedidos de prisões feitos pela polícia por causa do risco de fuga dos suspeitos e que eles destruíssem provas dos crimes. Os promotores destacaram que as imagens refletem banalização da violência e crença absoluta na impunidade.
Ainda segundo a Promotoria, a emboscada dos palmeirenses aos cruzeirenses demonstra escárnio com o poder público e com a sociedade e a audácia da ação planejada e executada à luz do dia.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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