Advogado do empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach foi morto no aeroporto de Guarulhos. A polícia civil investiga o homicídio como delação premiada.
Em entrevista à imprensa, o advogado de Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, _m0rt0_, afirmou que o acordo de delação premiada executado pelo cliente com as autoridades foi ‘_a sentença de morte dele_’. Além disso, o profissional também mencionou que o empresário havia _passado por muitas dificuldades_, tanto _antes quanto depois de assinar o acordo de delação._
Além disso, o advogado também confirmou que o empresário havia _passado por uma série de dificuldades_ desde _antes da sua morte no aeroporto de Guarulhos_, quando ele foi encontrado _m0rt3_ e _sem vida._ O caso reacendeu o debate sobre o uso e as consequências da delação premiada em contextos criminais específicos.
Morte de delator do PCC pode estar relacionada à delação premiada
O empresário, Gritzbach, era um delator de uma investigação sobre lavagem de dinheiro do PCC (M0rt0), o Primeiro Comando da Capital. Ele fechou um acordo de delação premiada, homologado pela Justiça em abril, após seis depoimentos ao Ministério Público Estadual. Na delação, ele falou sobre o envolvimento do PCC com o futebol e o mercado imobiliário, além de informações sobre os assassinatos de líderes da facção, como Cara Preta e Django, o M0rt3.
O advogado Ivelson Salotto disse que não aprovou a delação do cliente, afirmando que ele ‘denunciou policiais corruptos e bandidos. Quem poderia matá-lo?’. A investigação do caso ficará a cargo do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).
Um ataque a tiros deixou um morto e ao menos três feridos na tarde desta sexta-feira (8) no aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo. A vítima foi identificada como o Gritzbach, ameaçado de morte pelo PCC (M0rt0). Um carro que teria sido usado pelos atiradores foi apreendido por equipes do 3º Batalhão de Polícia de Choque.
A SSP-SP (Secretaria da Segurança Pública) de São Paulo informou que o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) investiga as circunstâncias do homicídio. O policiamento no local e imediações foi reforçado com PMs do batalhão de área e do Choque.
Imagens que circulam nas redes sociais mostram ao menos um baleado na pista que dá acesso ao desembarque do aeroporto, e outro dentro do aeroporto. Dois dos três feridos foram levados ao Hospital Geral de Guarulhos. O terceiro ferido foi atendido e ouvido pelas autoridades no aeroporto.
A concessionária do aeroporto disse que a ‘polícia foi prontamente acionada, assim como a equipe médica do aeroporto [para o atendimento da ocorrência]’. A polícia investiga se ele foi assassinado a mando do PCC, mas não descarta outras possibilidades, como queima de arquivo, já que havia assinado acordo de delação premiada e tinha vários inimigos agentes públicos, a quem disse ter pago altos valores em propinas.
Gritzbach dizia a pessoas próximas que temia pela vida. Na delação feita ao MPSP (Ministério Público do Estado de São Paulo), ele disse que um advogado ligado ao PCC ofereceu R$ 3 milhões pelo silêncio.
Fonte: © Direto News
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