Cometas escuros não possuem cauda brilhante como os tradicionais, mas se distinguem de asteroides por aceleração não gravitacional e sublimação de gelo.
Uma pesquisa divulgada recentemente na revista Icarus aponta que cerca de 60% dos corpos celestes próximos à Terra podem ser classificados como ‘cometas escuros’, uma categoria peculiar de objetos que possuem características tanto de asteroides quanto de cometas. Os cometas são compostos por fragmentos de poeira, gelo e rochas provenientes da formação do Sistema Solar, com dimensões que variam de um a 10 km de diâmetro, movendo-se em órbitas alongadas ao redor do Sol.
Além disso, a pesquisa sugere que a presença significativa de objetos espaciais escuros em nossa vizinhança cósmica pode desempenhar um papel fundamental na compreensão da origem e evolução do nosso sistema planetário. A investigação revela a complexidade desses corpos celestes e destaca a importância de estudar mais a fundo a natureza dos cometas e asteroides para desvendar os mistérios do universo.
Explorando os Corpos Celestes Próximos: Cometas e Asteroides
Os cometas, corpos celestes próximos conhecidos por suas caudas luminosas, são facilmente detectados devido à sublimação de gelo em gás quando se aproximam do Sol. Essa sublimação resulta em uma aceleração não gravitacional que altera sua trajetória e rotação, diferenciando-os dos asteroides, compostos principalmente por rocha e metal, sem o gelo característico dos cometas.
A distinção entre cometas e asteroides nem sempre é clara, como evidenciado pelo objeto interestelar ‘Oumuamua, que exibiu aceleração não gravitacional sem apresentar uma cauda brilhante. Por outro lado, o cometa Tsuchinshan-ATLAS não brilhou como esperado ao se aproximar do Sol, levantando questões sobre sua possível fragmentação.
Um aspecto intrigante são os cometas escuros, objetos espaciais escuros que aceleram sem influências gravitacionais óbvias. Um estudo recente se concentrou em sete desses cometas, que não exibem as comas típicas de gás e poeira, o que os torna distintos. Esses cometas escuros, geralmente pequenos e de rápida rotação, experimentam acelerações não gravitacionais incomuns, desafiando explicações convencionais.
Os pesquisadores explicam que a desgaseificação desses cometas escuros está relacionada às acelerações observadas, mesmo sem a presença de comas detectáveis. Sua análise sugere que esses objetos são coleções soltas de rocha, evoluídas de corpos menores devido a interações gravitacionais. Durante sua evolução, especialmente quando próximos à Terra, esses cometas escuros sofrem fragmentações rotacionais significativas, resultando em fragmentos que continuam a girar e desvolatilizar.
Essa dinâmica de fragmentação e desgaseificação contribui para a formação de cometas escuros menores, de rápida rotação e sem caudas brilhantes, destacando a distinção entre esses objetos e os cometas tradicionais. A compreensão desses processos é fundamental para desvendar os mistérios dos corpos celestes próximos e sua evolução ao longo do tempo.
Fonte: @Olhar Digital
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