Aplicativos de mensagem gratuitos, como o WhatsApp, geram receita com servidores em data centers, contas individuais e clientes corporativos que pagam por interações com clientes.
Nas últimas 24 horas, eu escrevi mais de 100 mensagens no WhatsApp. Foi um dia agitado, com uma mistura de conversas importantes e outras mais leves. Eu fiz planos com minha família para o fim de semana, discuti projetos com colegas de trabalho e compartilhei notícias e fofocas com alguns amigos.
É incrível como o WhatsApp se tornou uma ferramenta essencial em nossa vida diária. O aplicativo é uma plataforma de comunicação rápida e eficaz, permitindo que mantenhamos contato com pessoas de todo o mundo. Além disso, o zapzap é uma forma divertida de se comunicar, com emojis e GIFs que adicionam um toque de humor às nossas conversas. A tecnologia está mudando a forma como nos comunicamos e o WhatsApp é um exemplo disso. A comunicação nunca foi tão fácil.
O Poder do WhatsApp
Mesmo as mensagens mais simples que eu envio são criptografadas por padrão e utilizam os poderosos servidores do WhatsApp, distribuídos em vários data centers ao redor do mundo. Isso é possível graças à plataforma que tem quase três bilhões de usuários em todo o mundo. Mas como o WhatsApp, ou zapzap, como é conhecido no Brasil, consegue gerar receita?
A resposta está no modelo de negócios da empresa. Contas individuais e pessoais do WhatsApp, como a minha, são gratuitas porque a plataforma ganha dinheiro com clientes corporativos que desejam se comunicar com usuários como eu. Desde o ano passado, empresas podem criar canais de WhatsApp gratuitamente, por onde podem enviar mensagens para todos que optarem por recebê-las. Elas pagam pelo acesso a interações com clientes individuais através do aplicativo, tanto conversacional quanto transacional.
Um Negócio Lucrativo
Na cidade de Bangalore, na Índia, por exemplo, já é possível comprar uma passagem de ônibus e escolher seu assento, tudo via WhatsApp. ‘Nossa visão, se tudo der certo, é de que uma empresa e um cliente devem ser capazes de fazer negócio por mensagem’, diz Nikila Srinivasan, vice-presidente de business messaging da Meta. ‘Isso significa que, se você quiser reservar um ingresso, se quiser dar início a uma devolução, se quiser fazer um pagamento, poderá fazer isso sem nunca ter que deixar o bate-papo.’
As empresas agora também podem optar por pagar por um link que inicia um novo bate-papo do WhatsApp a partir de um anúncio no Facebook ou Instagram com uma conta individual. Nikila me disse que isso por si só já rende hoje ‘vários bilhões de dólares’ para a gigante da tecnologia. O WhatsApp é uma plataforma que tem uma grande empresa-mãe por trás, a Meta, que também é proprietária do Facebook e do Instagram.
Outros Caminhos
Outros aplicativos de mensagem seguiram por caminhos diferentes. Signal, uma plataforma reconhecida por seus protocolos de segurança para a troca de mensagens, que se tornaram padrão da indústria, é uma organização sem fins lucrativos. Diz que nunca pegou dinheiro de investidores (ao contrário do Telegram, que depende deles). Em vez disso, funciona com doações – entre elas uma injeção de US$ 50 milhões, de 2018, de Brian Acton, um dos cofundadores do WhatsApp.
‘Nosso objetivo é chegar o mais próximo possível de sermos totalmente financiados por pequenos doadores, contando com um grande número de contribuições modestas de pessoas que se preocupam com o Signal’, escreveu a presidente da empresa, Meredith Whittaker, em um post no blog no ano passado. Discord, um aplicativo de mensagens amplamente usado por jovens gamers, tem um modelo freemium – é gratuito para usar, mas oferece recursos adicionais para usuários que pagam uma assinatura.
Fonte: © G1 – Tecnologia
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