Yuri Alberto foi o destaque ofensivo do Timão, vice-artilheiro da temporada brasileira, com esquema de três zagueiros, linha de defesa sólida e meio-campo com poder de recuperação e capacidade de definição.
O Corinthians enfrenta um desafio constante em sua defesa, e isso se tornou evidente novamente no empate em 2×2 com o Racing, na noite desta quinta-feira. A falta de eficiência defensiva é um problema que persiste e pode ser considerado o principal fator que impediu o time de levar uma vantagem para a decisão da próxima semana na Argentina.
O Timão sofreu com a pressão do adversário e não conseguiu manter a calma em momentos cruciais, o que resultou em dois gols sofridos em um curto período de tempo. Já são dez gols sofridos nos últimos seis jogos, um número que preocupa os torcedores do Corinthians. O time precisa encontrar uma solução para esses problemas defensivos se quiser ter sucesso na competição. A defesa é a chave para o sucesso e o Corinthians precisa trabalhar nisso para melhorar seu desempenho.
O Corinthians mostra poder de recuperação
O empate em Itaquera foi marcado por uma atuação destacada de Yuri Alberto, que marcou duas vezes quando o Corinthians mais precisava. Com isso, ele chegou a 23 gols em 50 jogos em 2024, igualando o número de tentos do argentino Lucero, do Fortaleza. Somente Pedro, do Flamengo, balançou mais as redes do que Yuri entre os jogadores da Série A na temporada.
Ramon Diaz escalou o que tinha de melhor disponível para o duelo, com Fágner e Cacá retomando suas vagas na linha de defesa. O losango no meio-campo foi retomado, com Charles e Carrillo fazendo companhia a José Martinez e Garro no setor. Memphis Depay formou a dupla de frente com Yuri Alberto.
Gustavo Costas, por outro lado, não teve o atacante Roger Martinez. Ele escalou Salas ao lado de Adrian Martinez e do colombiano Quintero na linha de frente do Racing, mantendo o rotineiro esquema com três zagueiros da equipe.
O jogo: uma etapa agitada e emocionante
O Corinthians passou longe de fazer um 1º tempo perfeito, mas mostrou poder de recuperação, espírito de luta, intensidade, e muita capacidade de definição com Yuri Alberto no 2×1 parcial perante o Racing. O roteiro não começou nada animador para o Timão. Logo aos cinco minutos, Salas aproveitou um corte mal feito por Cacá em ligação direta do goleiro Arias, e bateu de primeira por cima de Hugo para marcar um lindo gol.
Menos mal que a reação foi basicamente imediata. Yuri Alberto recebeu de Memphis em linda jogada do holandês e bateu de cavadinha para empatar aos 10′. O Corinthians não demorou a aproveitar o número maior de jogadores que colocava na faixa central do campo. José Martinez, Charles e Carrillo atraíam a pressão dos volantes argentinos, e sobrava espaço para Garro, Yuri Alberto e Memphis nas costas de Almendra e Nardoni.
Com troca de passes envolvente e bons movimentos, os paulistas criaram ataques de perigo desta forma. André Ramalho quase virou em cobrança de escanteio na sequência, algo que se consumaria novamente nos pés de Yuri Alberto, aproveitando roubada de bola de Garro no ataque para bater com extrema felicidade de fora da área.
A mexida forçada no Timão
A esta altura, no entanto, o jogo já tinha se transformado. Primeiro pela chuva torrencial que gerava poças no gramado. E segundo por uma mexida forçada no Timão. José Martinez saiu lesionado aos 24′. Ao invés de manter a estrutura tática inicial com a entrada de um volante, Ramon Diaz colocou Angel Romero e alterou o time para o 4-2-3-1. Charles e Carrillo passaram a formar uma dupla por trás de Garro. Romero e Yuri Alberto atuaram pelos lados do ataque. Memphis Depay ficou centralizado.
A mexida, somada a chuva, fez com que o Corinthians perdesse capacidade de envolvimento no setor de meio-campo. Deixou de ter superioridade numérica no setor. Controlou menos as ações. E o Racing, que a princípio trabalhava muito com ligações diretas e pressões na saída de bola brasileira para roubar perto do gol, passou a transitar mais tempo na intermediária.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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