Juiz manteve prisão preventiva de atletas do River Plate feminino; quarteto será encaminhado a presídio na capital paulista. Caso ocorreu no Jogo contra o Grêmio na Brasil Ladies Cup.
A decisão do Juiz foi tomada após a investigação da Polícia Civil e da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul.
As quatro jogadoras, que foram identificadas como Verônica Matzenauer, Julia Gomes, Tatiana Paniagua e Tatiana Paniagua, foram presas preventivamente por injúria racial e injúria na partida contra o Grêmio.
Atentados Racistas Durante Partida da Brasil Ladies Cup
As quatro jogadoras argentinas do River Plate, Candela Díaz, Camila Duarte, Juana Cangaro e Milagros Diaz, foram presas em São Paulo, no dia 20, após os atentados racistas durante a partida da Brasil Ladies Cup, contra o Grêmio, quando ainda estava no primeiro tempo. O River Plate emitiu uma nota de repúdio ao incidente, mas o clube argentino se comprometeu em apresentá-las aos órgãos judiciais locais sempre que necessário.
Dois Gandulas Prestaram Depoimentos
Dois gandulas prestaram depoimentos na delegacia da polícia, e outras três pessoas se apresentaram como testemunhas, incluindo a zagueira Brito, o preparador físico Thales de Oliveira e a coordenadora Patrícia Gusmão. As quatro atletas do River também foram ouvidas e estavam acompanhadas de dirigentes do clube. O caso foi encaminhado a um presídio da capital paulista.
Comitê Organizador Decide Eliminar o River Plate
O Comitê Organizador da Brasil Ladies Cup decidiu eliminar o River Plate da edição do torneio, concedendo vitória ao Grêmio, por 3 a 0. O River Plate também ficará suspenso da competição pelos próximos dois anos. O caso ocorreu durante a derrota argentina na Ladies Cup, na noite da última sexta-feira (20), em São Paulo.
Nota do Grêmio
Técnica do Grêmio, Thaissan Passos, revelou que atletas da equipe brasileira também foram vítimas de ofensas raciais na confusão. ‘Na verdade as atletas da equipe adversária chamaram as meninas de macaca, de ‘negrita’. Mas também houve o caso com o gandula, e então as meninas não aceitaram, pois ele está aqui trabalhando. Desde o início do jogo acontece essa situação. Primeiramente, vim representar minhas atletas, mas situações como essa não podem ficar acontecendo. Até quando vamos ficar fingindo que não tem racismo, machismo? Então, para gente não tem condições nenhumas de jogo’, declarou Passos.
Fonte: @ Nos
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