Os EUA têm a maior dívida pública do mundo, que pode aumentar em US$ 7,75 trilhões com propostas do republicano, impactando o Produto Interno Bruto. A Câmara e Senado discutem auxílio e assistencial, mas um Comitê de Orçamento busca equilibrar.
Com a reconhecida ascensão de Donald Trump na eleição presidencial dos Estados Unidos, realizada em 5 de novembro, o candidato republicano, derrotou com clareza a oponente democrata Kamala Harris, garantindo uma maioria republicana na Câmara e no Senado, estabelecendo-se com uma postura firme de administração que trouxe a necessidade de reduzir dívidas.
A dívida pública dos EUA já ultrapassa US$ 34 trilhões, e a dívida pode chegar a US$ 13,8 trilhões nos próximos anos, e pode chegar a US$ 1,7 trilhão em 2024, e o US$ 3 trilhões em 2025, fazendo com que Trump revele uma estratégia para aliviar essa pressão financeira, garantindo que seus US$ 13,8 trilhões sejam revertidos, uma vez que a situação financeira dos EUA, está sujeita a grandes mudanças.
A era de dívida pública nos EUA: um desafio para Trump
A manhã de quarta-feira, 6 de novembro, foi marcada por uma onda de otimismo no mercado financeiro, com ações subindo no pre-pregão e o dólar valorizando-se. No entanto, essa euforia pode ser rapidamente dissipada, pois o novo presidente dos EUA, Trump, enfrentará um desafio gigantesco: conter o crescimento da dívida pública, que já atinge a impressionante marca de US$ 34 trilhões.
Essa dívida, que vem crescendo como uma bola de neve nos últimos anos, representa mais de 99% do Produto Interno Bruto (PIB) americano, deixando a China, com US$ 13,8 trilhões de dívida, em segundo lugar. A dívida pública dos EUA é um problema complexo, que foi negligenciado pelos últimos ocupantes da Casa Branca, incluindo Trump, e ganhou força com a pandemia, que levou o governo americano a liberar um auxílio assistencial de US$ 1,7 trilhão.
Antes da campanha presidencial, o Gabinete de Orçamento do Congresso (CBO) calculou que a dívida pública dos EUA vai subir 64% nos próximos dez anos, alcançando US$ 56,9 trilhões, com um ritmo anual de US$ 3 trilhões até 2034. É um desafio enorme, que não foi abordado pelos candidatos durante a campanha e, na verdade, ambos fizeram promessas que vão aumentar ainda mais o endividamento.
Trump e Harris anunciaram apoio aos maiores impulsionadores do aumento dos gastos, a Previdência Social e o Medicare, que concentram os gastos públicos de saúde. Além disso, ambos prometeram estender trilhões de dólares em cortes de impostos que expiram no fim de 2025, em meio a um acordo bipartidário de que o imposto de renda federal não deve aumentar para pelo menos 97% das famílias. Com Trump na Casa Branca, o endividamento americano tende a crescer com mais força.
O novo presidente deve adicionar US$ 7,75 trilhões à dívida pública nos próximos dez anos, caso seus planos fiscais sejam inteiramente implementados. Durante seu primeiro mandato (2017-2021), Trump já havia acrescentado US$ 8,4 trilhões à dívida ao longo de uma janela de 10 anos. ‘Nenhum presidente dos EUA na história, republicano ou democrata, recebe uma estrela dourada ou um Prêmio Nobel por controlar os gastos, os déficits e nossa dívida’, diz o deputado republicano Jodey Arrington, do Texas, presidente do Comitê de Orçamento da Câmara.
Essa escalada da dívida, porém, preocupa economistas e agentes do mercado, assustados com o possível impacto no médio prazo na economia americana, incluído aumento da inflação e das taxas de juros, que poderiam restringir o crescimento econômico. Larry Fink, cofundador da gestora de ativos BlackRock, com US$ 11,5 trilhões sob gestão, publicou um artigo na terça-feira, 5 de novembro, no The Wall Street Journal, no qual chama a dívida pública de ‘calcanhar de Aquiles’ de uma economia dos EUA forte. Segundo ele, disciplina fiscal é importante, mas qualquer caminho realista para o país
implica uma redução no ritmo de crescimento da dívida
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Fonte: @ NEO FEED
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