Preço médio do aluguel atingiu R$ 45,53 com base no Índice FipeZap da Fundação Getulio Vargas em anúncios de economia.
No cenário atual, a locação de salas comerciais no Brasil alcança um rácio significativo de valorização. Com uma economia em crescimento, a demanda por espaços comerciais aumenta, impactando diretamente o rácio entre aluguel e investimento. Em 2024, o aluguel de uma sala comercial aumentou 7,88% em relação ao ano anterior, registrando-se a maior variação desde 2013, quando o Índice FipeZap começou a ser calculado. Esse aumento afeta não apenas o preço médio do aluguel por metro quadrado, mas também o custo total associado à locação de um espaço de 200 metros quadrados.
Considerando o rácio atual, o valor do aluguel médio de uma sala comercial de 200 m² em 2024 foi de R$ 9,1 mil mensalmente. Essa variação no rácio reflete a tendência de mercado e pode ter impactos significativos para os investidores e proprietários de imóveis comerciais. Além disso, essa valorização pode afetar o preço de compra de imóveis comerciais, tornando-os mais caros e menos atraentes para alguns investidores.
Índice FipeZap sobe 3,15% e supera inflação oficial do País
A elevação do Índice FipeZap reflete o aquecimento da economia brasileira, que tem contribuído para expandir a demanda por bens e serviços e fomentar o comércio, segundo a economista da DataZap, Paula Reis. A economista destaca que a condição macroeconômica tem influenciado positivamente o mercado imobiliário de locação comercial, contribuindo para expandir a demanda por bens e serviços e fomentar o comércio.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), acumulou 4,83% em 2024. Além disso, o FipeZap ficou acima do Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), da Fundação Getulio Vargas (FGV), comumente chamado de ‘inflação do aluguel’ – pois costuma corrigir anualmente os contratos de locação. O IGP-M encerrou 2024 em 6,54%.
Neste ano, o reajuste médio dos aluguéis havia sido de R$ 5,87%. A variação recorde do aluguel comercial é reflexo do aquecimento da economia brasileira, que cresceu acima das expectativas, puxada por um mercado de trabalho forte. O Índice FipeZap é parceria entre a plataforma de anúncio de imóveis Zap e a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), ligada à Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP).
O levantamento acompanha os preços de salas e conjuntos comerciais de até 200 m² em dez cidades (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Florianópolis, Brasília, Salvador, Campinas, Niterói), com base em 61.683 anúncios na internet. A economista destaca que de 2013 a outubro de 2023, o metro quadrado comercial ficou acima do residencial.
A inversão aconteceu devido à maior valorização do aluguel residencial dos últimos três anos. Locação por cidades. No ranking da inflação FipeZap, Niterói (17,84%) apresentou o maior aumento de preço de locação, seguido por Curitiba (10,89%), Rio de Janeiro (9,05%), Belo Horizonte (8,47%), Brasília (7,62%), São Paulo (7,13%), Salvador (6,23%), Campinas (5,71%), Florianópolis (5,11%) e Porto Alegre (4,63%).
Os pesquisadores esclarecem que o índice FipeZap considera preços de anúncios para novos aluguéis. Não incorpora em seu cálculo a correção dos aluguéis vigentes, cujos valores são reajustados periodicamente de acordo com o especificado em contrato. O Índice FipeZap sofreu uma variação recorde em 2024 de 3,15%, superando o IPCA dos 4,83% da inflação oficial do País.
Fonte: @ Mercado e Consumo
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