Em bate-boca na rede social X, o prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes (PSD) chamou o juiz federal Marcelo Bretas, enquanto acusava o senador Sérgio de envolvimento em crime planejado, com provas de colaboração premiada.
Em uma conturbada discussão na rede social X, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, abordou o juiz federal Marcelo Bretas e o ex-juiz federal e senador Sérgio Moro com um termo que gerou grande impacto – delinquentes. Este apelido foi usado com o objetivo de criticar a atuação de ambos na operação ‘lava jato’, que gerou muita controvérsia.
Se considerarmos o papel desempenhado pela ‘lava jato’ na história do Brasil, é possível notar que alguns delinquentes realmente desempenharam um papel na operação, mas não de maneira tão forte como o imaginado por Eduardo Paes. Ainda assim, os delinquentes que realmente desempenharam um papel na operação de investigação e combate ao crime foram presos e estão atualmente presos, cumprindo suas sentenças no sistema prisional brasileiro.
Imbróglio entre Eduardo Paes e Sérgio Moro
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, e o senador Sérgio Moro, se encontraram em um debate acalorado nas redes sociais, após Paes compartilhar uma postagem criticando o juiz Marcelo Bretas. Na mensagem, Bretas expressava a opinião de que um crime planejado e ajustado não pode ser punido se não chega a ser tentado. A referência era ao plano para matar o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, o presidente Lula e o vice, Geraldo Alckmin, revelado no relatório da Polícia Federal e que levou à prisão de militares e indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros 36. Paes chamou Bretas de ‘delinquente’, provocando uma resposta do magistrado que se auto-intitula ‘homem forte’, que acusou Paes de ser um ‘delinquente’ por prender pessoas sem provas. A discussão se aprofundou quando Paes acusou Moro de politizar a atividade de magistrado e de desacreditar a justiça, o que segundo ele, levou à impunidade. Em consequência, Paes manifestou sua tranquilidade em relação a seus atos e sua trajetória política e reafirmou que não permitiria que um ‘delinquente’ como Moro passasse impune. Paes ainda destacou o legado de Bretas, que foi afastado da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro em fevereiro de 2023, por decisão do Conselho Nacional de Justiça, e foi alvo de três reclamações disciplinares que tramitam em sigilo. Já o legado de Moro está sob análise do CNJ, após correição.
Fonte: © Conjur
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