Reveição da Rede Nacional de Formação Continuada de Professores 2025 destaca formação em educação bilíngue de surdos, língua brasileira de sinais e comunicação.
Em 3 de fevereiro de 2025, o Ministério da Educação (MEC) lançou uma iniciativa inovadora para melhorar a qualidade da educação nas escolas públicas. A Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi) foi o órgão responsável por coordenar o evento. O objetivo do webinário foi promover a edição de 2025 do programa Rede Nacional de Formação Continuada de Professores (Renafor), que visa capacitar professores para atender a diversas necessidades educacionais. A educação é um tema crucial para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e igualitária.
No âmbito da educação, a inclusão de alunos com deficiência auditiva é um desafio relevante. A educação bilíngue de surdos é uma abordagem pedagógica que visa atender às necessidades específicas desse público. Nesse sentido, a educação bilíngue é uma ferramenta valiosa para alcançar a inclusão. O programa Renafor destaca a importância da formação contínua de professores para promover a educação de qualidade. A educação bilíngue de surdos em educação é uma área de grande relevância para o Ministério da Educação.
Formação profissional em educação bilíngue de surdos na era da inclusão
O Programa Renafor é um marco importante na educação bilíngue de surdos, oferecendo formação profissional de qualidade para professores e profissionais que trabalham com o público surdo, principalmente em educação bilíngue de surdos. Este programa é desenvolvido em regime de colaboração entre a Secadi e instituições federais de ensino superior, visando fortalecer a educação bilíngue na rede pública de ensino, especialmente para a educação bilíngue de surdos.
A coordenadora-geral bilíngue de Educação Básica e Educação Superior, da Diretoria de Políticas de Educação Bilíngue de Surdos (Dipebs), Marisa Lima, destaca que a Lei nº 14.191/2021 é um divisor de água na educação bilíngue de surdos, inserindo-a na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), Lei nº 9.394/1996, como modalidade de ensino independente. A educação bilíngue de surdos é composta pela língua brasileira de sinais (Libras) como primeira língua e o português escrito como segunda. Esta mudança visa fortalecer a educação bilíngue de surdos, reduzindo assim a lacuna de reconhecimento da língua e cultura surdas.
A Renafor se alinha com a nova LDB, e o artigo 60-A define a educação bilíngue de surdos como a comunicação e a oferta da educação bilíngue de surdos com ênfase na alfabetização de crianças surdas, educandos surdos, surdocegos, com deficiência auditiva sinalizante, surdos com altas habilidades ou superdotação ou com outras deficiências associadas. A coordenadora ainda destacou que a formação e a qualificação de professores e profissionais da educação em uma perspectiva bilíngue estão amparadas em três eixos: a língua, a identidade e a cultura surda.
No ano de 2024, o programa recebeu o investimento de R$ 4,8 milhões, sendo R$ 2,4 milhões descentralizados e destinados a 19 instituições federais de ensino superior para a oferta de 5.725 vagas voltadas à formação de professores e profissionais que atuam com o público-alvo da educação bilíngue de surdos. O objetivo é ampliar a oferta do programa em 2025, garantindo a continuidade e o crescimento progressivo.
A Secadi e o MEC trabalham em conjunto para garantir a oferta de formação em educação bilíngue de surdos, com o objetivo de aumentar a oferta de cursos em parceria com instituições federais de ensino superior. De 2023 para 2024, houve 64% de ampliação no orçamento destinado à Renafor/Educação Bilíngue de Surdos, uma ação que possibilitou o aumento do número de parcerias entre a Secadi e as instituições federais de ensino superior.
Fonte: © MEC GOV.br
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