Eletrobras e AGU informam que negociações avançaram significativamente na petição enviada à CVM.
A Eletrobras e a Advocacia-Geral da União (AGU) estão em meio a um processo de negociação intensivo, que foi iniciado no início do ano. A Eletrobras busca a prorrogação desse processo por mais 60 dias, o que sugere que ainda há muito a ser discutido e resolvido.
Essa negociação envolve a interação entre a União, representada pela AGU, e a Eletrobras. Nesse contexto, o poder de negociação de ambas as partes é crucial, pois eles precisam chegar a um acordo que seja mutuamente benéfico. Além disso, a de voto da AGU é fundamental no processo de tomada de decisão, o que pode influenciar o resultado final. O governo, no sentido amplo, está envolvido na negociação, pois a União é o principal interlocutor da Eletrobras. Nesse sentido, o governo tem um papel estratégico na resolução desse processo, garantindo que as necessidades de ambas as partes sejam atendidas.
União e Eletrobras avançam em negociações com prazo de prorrogação
A criação da Câmara de Mediação e de Conciliação da Administração Pública Federal (CCAF), sob a coordenação do Ministro Nunes Marques, visa encontrar uma solução pacífica para o impasse envolvendo o poder de voto na Eletrobras, refletindo a União. Na petição apresentada à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), ambas as partes assinalam que avanços significativos foram alcançados nos últimos dias, e apenas poucos pontos permanecem em aberto, justificando a continuidade das negociações. Uma assembleia de acionistas da Eletrobras está programada para fevereiro, onde a deliberação sobre o tema ocorrerá. O acordo envolve a manutenção do limite de poder de voto na Eletrobras, aumento das vagas da União no conselho e a desoneração de investimentos em Angra 3.
A extensão do prazo para as negociações entre União e Eletrobras não é surpresa, de acordo com o Citi, e deve resultar em um acordo para encerrar o caso. O analista do banco destaca que o acordo precisa ser alcançado a tempo da assembleia anual da Eletrobras em abril para que o conselho seja recomposto de acordo com os termos do acordo. Uma solução resolveria um ponto de pressão importante nas ações da Eletrobras e abriria espaço para o pagamento de dividendos maiores a partir dos próximos anos. A recomendação de compra para as ações da Eletrobras permanece. O Citi tem previsão de alta de 53,6% sobre o fechamento de ontem. Já o Itaú BBA, com recomendação de compra, cortou o preço-alvo das ações de R$ 59,60 para R$ 54,90, com potencial de alta de 56,8% sobre o fechamento de ontem.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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