Setores de varejo, consumo e bancos, incluindo a Associação Brasileira, cobram ações para frear o vício em jogos e apostas, exercendo seu poder de consumo.
As apostas online têm sido um tema recorrente nos últimos tempos, e agora, quinze entidades empresariais ligadas aos setores de varejo e consumo decidiram se manifestar sobre o assunto. Elas divulgaram um manifesto pedindo a regulamentação das propagandas e do acesso aos jogos de apostas online, com o objetivo de garantir um ambiente seguro e justo para os consumidores.
O manifesto destaca a importância de uma regulamentação clara e eficaz para evitar práticas desleais e proteger os usuários de jogos de azar online. Além disso, as entidades empresariais também defendem a criação de regras para a publicidade de apostas, a fim de evitar a exposição excessiva de anúncios que podem influenciar negativamente os jovens e as pessoas vulneráveis. A regulamentação é fundamental para garantir a responsabilidade e a transparência nos jogos online. Com essa medida, as entidades esperam contribuir para a criação de um mercado mais seguro e justo para todos os envolvidos.
Setores da Economia Unem-se Contra as Apostas
Uma ampla gama de entidades representativas de diferentes setores da economia brasileira, incluindo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT), a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (ABRASEL), a Associação Brasileira de Strip Malls (ABMALLS), a Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), uniram-se em um manifesto para exigir ações imediatas contra as apostas online. Essas entidades defendem que as apostas devem ser submetidas às mesmas regras impostas à indústria do tabaco e das bebidas alcoólicas, além de uma tributação maior do setor.
O Impacto das Apostas no Consumo
De acordo com as entidades, as apostas online estão retirando cerca de R$ 100 bilhões do potencial de consumo da economia, o que está impedindo que as empresas associadas na ponta sintam os efeitos da recuperação da economia. Além disso, os dados do Banco Central mostram que apenas em agosto, 56 empresas de apostas e jogos de azar online totalizaram R$ 20,8 bilhões em transferências recebidas por meio do Pix. Esse dinheiro transferido impacta diretamente no poder de consumo, pois muitos dos apostadores não estão exatamente bem de vida.
O Poder de Consumo Afetado pelas Apostas
A estimativa é de que, só em agosto, 5 milhões de pessoas pertencentes a famílias beneficiárias do Bolsa Família tenham enviado R$ 3 bilhões às empresas de apostas via Pix, com uma média de gastos de R$ 100 por pessoa. De acordo com o estudo, cerca de 17% dos cadastrados no programa apostaram no período. Isso mostra que as apostas estão afetando diretamente o poder de consumo de muitas famílias brasileiras, especialmente aquelas que mais precisam. As entidades defendem que medidas precisam ser tomadas imediatamente para controlar as apostas e proteger o consumo da economia.
Fonte: @Baguete
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