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Especialistas consideram seguro e ressarcimento desafios para empresas afetadas, com responsabilidade limitada e operações paralisadas.
As chances de recuperar os danos causados às empresas pelo apagão cibernético desta sexta-feira (19) ainda não estão definidas.
Os especialistas estão analisando as possíveis causas do incidente e avaliando a segurança dos sistemas para evitar futuras interrupções nos serviços prestados.
Impacto do Apagão Cibernético na Segurança das Empresas
Enquanto os sistemas das empresas afetadas pelo incidente de apagão cibernético são gradualmente reestabelecidos, elas estão avaliando as potenciais perdas relacionadas à paralisação de operações e considerando as possibilidades de redução desses prejuízos. A falha que desencadeou o apagão foi atribuída à atualização de um produto da empresa de segurança cibernética CrowdStrike, impactando clientes que utilizam o sistema operacional Windows, da Microsoft. A Microsoft prontamente corrigiu o problema, porém, contratos com grandes companhias de tecnologia geralmente limitam a responsabilidade em situações como essa.
Os contratos estabelecidos com empresas como a Microsoft são regidos por SLAs (Service Level Agreements), que definem os compromissos da prestadora de serviço em garantir a resolução de falhas em um prazo específico, sob pena de ressarcimento à contratante. Embora a ação da Microsoft para solucionar o incidente tenha sido considerada rápida, a limitação de responsabilidade contratual pode implicar em redução das reivindicações de ressarcimento por parte das empresas afetadas.
No Brasil, a situação foi resolvida rapidamente, o que provavelmente diminuirá a necessidade de empresas locais solicitarem compensações, que geralmente são concedidas na forma de créditos de desconto nos pagamentos subsequentes. Os seguros cibernéticos, cada vez mais adotados por grandes corporações em busca de proteção contra ciberataques, podem não cobrir integralmente as perdas decorrentes de falhas de sistema, o que limita a amortização dos prejuízos.
Nos próximos dias, as empresas afetadas pelo apagão cibernético podem enfrentar ações de consumidores em busca de ressarcimento pelos danos causados pela interrupção dos serviços. Mesmo sendo apenas usuárias dos serviços da Microsoft e CrowdStrike, elas não estão isentas de responsabilidades perante os consumidores afetados. O Procon-SP destaca a importância do cumprimento do Código de Defesa do Consumidor, que garante direitos aos consumidores prejudicados e estabelece deveres aos fornecedores impactados.
Especialistas em Proteção de Dados e Cibersegurança alertam que as empresas envolvidas no incidente de apagão cibernético podem ser responsabilizadas pelo ressarcimento aos consumidores afetados, de acordo com as disposições do Código de Defesa do Consumidor. A comprovação da responsabilidade das empresas envolvidas no incidente, como a CrowdStrike, e as implicações legais do caso indicam a complexidade das questões de segurança cibernética e a necessidade de medidas preventivas para evitar futuros incidentes semelhantes.
Fonte: @ Info Money
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