Postura anti-imigratória de Donald Trump assusta comunidade acadêmica mundial, com universidades aconselhando alunos internacionais em férias a voltarem aos Estados Unidos antes da posse.
A declaração do ex-presidente Donald Trump de disputar as eleições presidenciais nos Estados Unidos em 2024, causou grande preocupação entre os estudantes estrangeiros que estão ou pretendem ingressar nas universidades americanas. Muitos desses estudantes se perguntam sobre o futuro de seus estudos e como as mudanças políticas afetarão suas vidas. Além disso, a notícia também trouxe à tona a possibilidade de uma restrição de vistos para estudantes estrangeiros, o que poderia afetar negativamente a economia dos Estados Unidos, sobretudo a do setor educacional.
Alguns estudantes estrangeiros, que já estão matriculados em cursos nos Estados Unidos, expressam sua preocupação com a situação. “Estamos em um momento de grande incerteza, e não há certeza sobre o que acontecerá”, disse um estudante chinês que prefere não se identificar. A expectativa é que o processo de obtenção de vistos seja mais rigoroso, o que pode afetar negativamente os ingressos de estudantes estrangeiros nos Estados Unidos. Além disso, a comunidade acadêmica internacional está observando a situação com atenção, buscando entender as implicações de uma possível alteração nas políticas de imigração para estudantes estrangeiros.
Ambiente de Tensão com Emissão de Vistos Rígida
A comunidade acadêmica mundial está em alerta com a eleição do republicano Trump e a possibilidade de restrições de viagem para estrangeiros. Embora os estudantes com documentação correta estejam protegidos, o receio é palpável, especialmente entre os estudantes asiáticos, devido à tensão atual nas relações políticas e econômicas com os Estados Unidos.
As instituições de ensino, incluindo alunos e professores, estão inquietos em relação à postura adotada por Trump em seu primeiro mandato, que incluiu a proibição de cidadãos de sete países, principalmente muçulmanos, de viajar aos EUA. Essa medida foi implementada em janeiro de 2017 e provocou a detenção de estudantes e docentes em aeroportos americanos. A lista de nações afetadas mudou várias vezes, atingindo 15 territórios segundo a Associated Press.
A emissão de vistos ficou mais rígida após essas restrições, afetando cerca de 40 mil pessoas, de acordo com o Departamento de Estado dos EUA. Esse cenário fez com que mais de 10 universidades americanas aconselhassem aos alunos estrangeiros que voltassem para os EUA antes da posse de Trump em 20 de janeiro de 2025, por precaução.
Comunidade Acadêmica em Alerta com a Eleição de Trump
A Universidade de Massachusetts destacou que, com base na experiência anterior com as proibições de viagem implementadas durante o primeiro governo de Trump, o Escritório de Assuntos Globais está fazendo este alerta por precaução. O receio é maior entre os estudantes asiáticos, principalmente chineses, devido à tensão atual nas relações políticas e econômicas com os Estados Unidos.
A situação levou a um aumento na solicitação de vistos por parte de estudantes estrangeiros que pretendem viajar para os EUA. O Departamento de Estado dos EUA informou que a emissão de vistos está sendo processada com mais rapidez possível, mas o processo é complexo e pode levar várias semanas.
Os estudantes universitários de países como a China e a Coreia do Sul estão ansiosos para obter vistos para entrarem nos EUA. A Universidade de Harvard reiterou que as restrições de viagem não afetam os estudantes com documentação correta que estão em situação legal.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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