Executivo entende que classe de fundos deve seguir funcionando como veículo de teste para teses de investimento mais complexas graças à dinâmica transparente e por estar na carteira de outros fundos e termos como ETFs de mercado estrangeiro.
Os fundos que acompanham índices são um tipo de fundo que segue o desempenho de um índice específico, como o Índice Bovespa, por exemplo. Eles são conhecidos como ETFs, abreviação para Exchange Traded Funds. Nesse contexto, a Comissão de Valor Mobiliários (CVM) destaca o papel dos ETFs como um importante fermentador de inovação no mercado de capitais brasileiro.
A utilização de ETFs para acompanhar índices permite aos investidores replicar o desempenho de uma carteira de ações de forma eficiente e barata. Além disso, a flexibilidade dos ETFs em relação aos tradicionais fundos de índice é uma característica importante, pois permite a correção de erros de investimento por meio da mudança da carteira de investimento em tempo real. Com a crescente adoção dos ETFs, o mercado de capitais brasileiro está passando por uma transformação significativa, com a introdução de novos produtos e serviços que visam melhorar a experiência do investidor.
ETFs e Fundos de Índice: Entendendo o Papel de Investimento
Já tivemos exemplos concretos da capacidade dos Exchange Traded Funds, mais conhecidos como ETFs, em exercer um papel de teste para estratégias de investimento mais complexas no mercado brasileiro. Esses fundos, que permitem um acompanhamento mais próximo dos investimentos graças à dinâmica transparente da classe, continuarão a ser utilizados como veículos para a inovação em investimentos, afirma Daniel Maeda, diretor da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), em evento promovido pela S&P Dow Jones com a B3. Maeda destacou que os ETFs de criptoativos, como bitcoin e solana, e os de estratégias internacionais, são exemplos concretos desse papel.
ETFs e o Papel dos Fundos de Investimentos Financeiros
Os Fundos de Investimentos Financeiros (FIFs) podem investir em ETFs, o que afeta indiretamente a indústria de fundos. Os FIFs são os fundos básicos que podem incluir vários tipos de ativos na carteira, mas, de acordo com as regras da resolução 175 da CVM, devem ter no mínimo 51% da carteira em ativos de renda fixa e podem expor no máximo 49% do portfólio a ações. Maeda reforça que a política informacional mais clara e precisa sobre o investimento dos ETFs torna estratégias mais complexas mais acessíveis.
Acessibilidade e Liquidez: ETFs como Testes para Estratégias no Mercado
Dá para entender por que os regulamentos dos FIFs englobam fundos mais diversos, o que faz com que a comunicação seja mais pasteurizada. No entanto, acredita-se que o nível de transparência das estratégias de investimentos precisa melhorar entre esses fundos de investimento geral. É também por conta dessa diferença de grau de informação fornecida, liquidez e acessibilidade garantida ao varejo que a vocação dos ETFs é funcionar como teste para as inovações em estratégias no mercado.
Modelo de Negociação de BDRs: Canalizando Inovação de ETFs Estrangeiros para o Brasil
Na percepção do executivo, o modelo de negociação de BDRs, certificados negociados na B3 que representam ações emitidas por empresas em outros países, canaliza a inovação do mercado estrangeiro de ETFs para o Brasil. Isso é um desafio para o mercado brasileiro de ETFs, que está defasado em relação aos padrões internacionais. O regulador do mercado observa isso com intuito de reduzir essa lacuna, tendo como exemplo o que funciona em mercado estrangeiros para trazer para o país.
ETFs: O Papel de Investimento no Mercado Brasileiro
O mercado brasileiro de ETFs tem um gap relevante em relação ao mercado externo. Em resumo, os ETFs continuarão a exercer um papel importante no mercado brasileiro, permitindo um acompanhamento mais próximo dos investimentos graças à dinâmica transparente da classe. Além disso, a possibilidade de investir em ETFs por meio de FIFs torna esses fundos mais acessíveis e complexos.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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