Histórico intenso de tabagismo pode causar danos irreversíveis à saúde cardiovasculares.
O tabagismo é um hábito nocivo que afeta milhões de pessoas no Brasil, com consequências deletérias para a saúde, especialmente quando se trata de ex-fumantes que enfrentam desafios significativos para controlar o desejo de fumar, sobretudo após um período prolongado de consumo. A pesquisa JAMA Network Open destaca que fumantes que acumulam mais de um maço por dia ao longo de 8 anos ou mais podem levar mais de 25 anos para reduzir o risco de doenças cardiovasculares ao nível de uma pessoa que nunca fumou.
Os resultados da pesquisa são preocupantes, especialmente quando se considera que o tabagismo é uma das principais causas de doenças cardiovasculares, como a doença coronária e a hipertensão. Além disso, a tentativa de parar de fumar pode ser marcada por dificuldades, especialmente para aqueles que desenvolveram hábitos profundos após anos de fumar. É importante lembrar que, mesmo após parar de fumar, o risco de doenças cardiovasculares ainda pode persistir por um longo período. A continuidade de estudos e pesquisas é crucial para entender melhor as consequências do tabagismo e encontrar soluções mais eficazes para ajudar fumantes e ex-fumantes a se recuperar.
Estudo coreano destaca a importância de abandonar o hábito de fumar
Mais de 5,3 milhões de pessoas coreanas foram estudadas entre 2006 e 2019, incluindo fumantes atuais, ex-fumantes e indivíduos que nunca fumaram. Além disso, foram considerados fatores como idade, sexo, índice de massa corporal, pressão arterial e outros elementos que influenciam o risco cardiovascular. Fumantes atuais e ex-fumantes têm um papel importante nesse estudo, pois ambos estão expostos ao risco de doenças cardiovasculares, embora de maneira diferente.
O consumo de cigarro é um risco inerente para a saúde cardiovascular, e o tabagismo intenso pode deixar marcas profundas e duradouras nas artérias e no sistema cardiovascular, aumentando as chances de problemas cardíacos e outras condições graves mesmo anos depois do abandono do cigarro.
O estudo também destaca a importância de abandonar o cigarro antes que o consumo acumulado gere prejuízos irreversíveis. Para ex-fumantes com histórico menor de consumo, o risco de doenças cardíacas diminui rapidamente, o que facilita o retorno do coração a uma condição saudável em um prazo mais curto.
Além disso, a pesquisa destaca a importância de políticas de prevenção e contenção ao tabagismo, como campanhas de cessação precoce e apoio para quem deseja parar de fumar. Parar de fumar cedo ajuda a evitar danos permanentes nos vasos sanguíneos e nas artérias, prevenindo complicações crônicas como a aterosclerose e a hipertensão.
Em outro estudo, pesquisadores investigaram a relação entre o abandono do cigarro e a sobrevivência de pacientes com câncer. A pesquisa incluiu mais de 4.500 pacientes diagnosticados com tipos diversos de câncer, incluindo de mama, pulmão e cabeça e pescoço. Os resultados mostraram que pacientes que entraram em programas para parar de fumar nos primeiros seis meses após o diagnóstico tiveram uma taxa de sobrevida maior do que aqueles que não fizeram isso.
Esses estudos reforçam a importância de parar de fumar para a saúde cardiovascular e a sobrevida de pacientes com câncer.
Fonte: @ Veja Abril
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