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Infecções hepáticas, transmitidas por ingestão incorreta, podem ser assintomáticas ou causar alterações leves, moderadas ou graves.
‘Adquiri hepatite A ao tomar um suco na rua. Quando tinha 26 anos, vivia em Recife e, devido ao calor intenso, costumava me hidratar em algumas paradas. Em certo momento, notei meus olhos com coloração amarelada e, após realizar exames, recebi o diagnóstico. Fui obrigado a permanecer em repouso até que os níveis se normalizassem para poder voltar à minha rotina’, conta o jornalista Ênio Lucciola, 60 anos, residente em Brasília.
Hepatite é uma doença caracterizada pela inflamação do fígado, podendo ser causada por diversos fatores, incluindo infecção viral. É essencial estar atento aos sintomas e buscar ajuda médica ao menor sinal de alerta. A infecção hepática pode ter diversas origens e é fundamental cuidar da saúde do fígado para prevenir complicações futuras. jejum intermitente
Hepatite: Uma Visão Abrangente das Hepatites Virais
Pensando em casos como o dele, o Ministério da Saúde preparou um material abrangente para dar orientações e diferenciar os cinco tipos de hepatites virais: A, B, C, D e E. As hepatites virais são consideradas um problema de saúde pública em todo o mundo, com os tipos mais comuns sendo o A, B e C no Brasil. Na região Norte do país, em particular, é possível encontrar casos do tipo D. A hepatite E, por sua vez, é identificada como a mais rara, com maior incidência nos continentes africano e asiático.
Hepatite A: Transmissão e Prevenção
A hepatite A é uma infecção viral causada pelo vírus HAV, sendo geralmente uma doença autolimitada. Sua transmissão ocorre principalmente por ingestão de alimentos ou água contaminados por fezes, além da falta de saneamento básico e higiene pessoal. No caso do jornalista Ênio, a contração pode ter ocorrido devido à conservação inadequada do suco que ele ingeriu. Além disso, a contaminação pode se dar por contatos pessoais, próximos ou sexuais. Crianças com menos de 5 anos, a partir dos 12 meses, podem receber a vacinação pelo SUS para prevenir a infecção pelo vírus.
Para evitar a propagação da doença, é essencial manter uma higienização adequada das mãos, alimentos, pratos, talheres e instalações sanitárias. O uso de preservativos e a manutenção da higiene genital antes e após relações sexuais também são métodos preventivos eficazes. Não há um tratamento específico para a hepatite A, mas com o medicamento adequado prescrito por um médico, o paciente pode melhorar e garantir o equilíbrio nutricional, incluindo a reposição de nutrientes perdidos.
Hepatite B: Prevenção e Tratamento
Considerada uma infecção sexualmente transmissível, a hepatite B é causada pelo vírus HBV, presente no sangue e secreções corporais. A principal forma de transmissão é por meio de relações sexuais desprotegidas. Cerca de 20% das pessoas adultas infectadas cronicamente podem desenvolver cirrose e câncer de fígado. É crucial realizar testes em gestantes durante o pré-natal e adotar medidas de profilaxia para evitar a transmissão vertical.
O compartilhamento de objetos perfurantes pode levar à contração da hepatite B. A vacinação é a melhor forma de prevenção e está disponível para todas as pessoas no SUS. Em crianças, a vacina é administrada em quatro doses, sendo a primeira ao nascer e as seguintes aos 2, 4 e 6 meses de idade. Adultos não vacinados na infância devem receber três doses em um intervalo de 6 meses. Pessoas com imunossupressão ou HIV necessitam de um esquema especial, com doses maiores, administradas em Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE).
Hepatite C: Aspectos Clínicos e Tratamento
A hepatite C é uma condição infecciosa e inflamatória causada pelo vírus HCV, podendo se manifestar de forma aguda ou crônica. A prevenção da hepatite C envolve medidas como evitar o compartilhamento de objetos cortantes e realizar testes de detecção em grupos de risco. O tratamento da hepatite C visa reduzir a carga viral e prevenir complicações como cirrose e câncer hepático. É fundamental seguir o tratamento prescrito pelo médico e realizar acompanhamento regular para monitorar a evolução da doença.
Fonte: @ Ministério da Saúde
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