Bruno Fernandes, condenado a mais de 20 anos por crime hediondo, está em liberdade condicional após assassinar modelo, violando a Lei do Feminicídio do Código Penal.
O feminicídio é um crime hediondo que atinge mulheres em todo o mundo, incluindo o Brasil. O caso de Eliza Samudio, que foi brutalmente assassinada em 2010, é um exemplo trágico da cultura de violência de gênero que ainda persiste em nosso país. A impunidade é um dos principais fatores que contribuem para a perpetuação desse tipo de crime.
No Brasil, o feminicídio é um problema grave que afeta milhares de mulheres todos os anos. A violência de gênero é uma questão de saúde pública e exige uma resposta eficaz das autoridades. O assassinato de Eliza Samudio, que foi motivado por questões de gênero, é um exemplo de como a sociedade brasileira ainda não valoriza a vida das mulheres. É fundamental que sejam tomadas medidas para prevenir e combater o feminicídio, garantindo que as mulheres tenham direito à vida e à segurança. A conscientização e a educação são fundamentais para mudar a cultura de violência contra as mulheres.
O que é Feminicídio?
O feminicídio é o assassinato de uma mulher em razão de seu gênero, ou seja, pelo fato de ser mulher. No Brasil, a Lei do Feminicídio (Lei 13.104/15), que altera o Código Penal (Decreto-Lei 2.848/40), estabelece o feminicídio como circunstância qualificadora do crime de homicídio e o coloca na lista de crimes hediondos. Dessa forma, enquanto a pena para o crime de homicídio simples varia entre 6 e 20 anos, para o feminicídio é de 12 a 30 anos.
O feminicídio é resultado de uma cultura de violência que perpetua a desumanização e a objetificação das mulheres, criando um ambiente propício para que atos de agressão e até homicídio ocorram. E a história da modelo Eliza Samudio, morta pelo ex-goleiro Bruno Fernandes de Souza, ilustra essa sequência de violências que podem culminar no feminicídio.
O Caso de Eliza Samudio
Eliza Samudio e o goleiro Bruno se conheceram em 2009 durante uma festa no Rio de Janeiro. Eles tiveram relações sexuais e, um tempo depois, ela descobriu que estava grávida do atleta. Segundo investigações, Eliza contou ao então goleiro do Flamengo da gravidez e ele a forçou a abortar, mas Eliza não fez isso.
Denunciou Bruno e seus amigos por sequestro, agressão e ameaça. Em outubro, ela procurou a polícia para registrar um boletim de ocorrência contra Bruno e dois amigos dele, que ameaçaram matá-la caso ela não fizesse o aborto. Segundo seu depoimento na época, Bruno ainda a teria mantido em cárcere privado e a agredido fisicamente. Além disso, ele teria forçado Eliza a ingerir substâncias abortivas.
Eliza fez um teste de urina na época, que confirmou a presença de substâncias químicas abortivas. No entanto, as autoridades levaram cerca de oito meses para fazer a análise – o resultado saiu quando ela já estava morta.
Pediu medida protetiva e o recurso negado. Após registrar a ocorrência, Eliza também pediu uma medida protetiva de urgência, o que foi negado por uma juíza da vara especializada de violência doméstica. A juíza argumentou que a Lei Maria da Penha não se aplicava ao caso de Eliza, uma vez que ela não tinha uma ‘relação afetiva estável’ com o agressor.
Ela pediu o reconhecimento de paternidade. O filho de Eliza nasceu em fevereiro de 2010, época em que estava morando em São Paulo na casa de amigas. Após o nascimento da criança, ela entrou com uma ação para que Bruno reconhecesse a paternidade.
Foi sequestrada pelos comparsas dele. Segundo investigações, Eliza foi sequestrada pelos comparsas de Bruno e levada para uma propriedade rural em Minas Gerais, onde foi morta. O corpo de Eliza foi encontrado em uma cova rasa na propriedade.
O caso de Eliza Samudio é um exemplo trágico de feminicídio, um crime hediondo que é resultado de uma cultura de violência e desumanização das mulheres. A história de Eliza serve como um lembrete da importância de combater a violência de gênero e proteger as mulheres contra a violência e o assassinato.
Fonte: @ Nos
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