Cleber de Oliveira Santos estava foragido desde segunda-feira (14) após erro humano em exames com falsos laudos de laboratório, envolvendo técnico responsável.
No Rio de Janeiro, um caso grave envolvendo um laboratório de análises clínicas está sendo investigado. O técnico de laboratório Cleber de Oliveira Santos foi preso após ser acusado de ter emitido um laudo com resultado falso negativo para HIV. Ele estava foragido desde segunda-feira (14) e foi capturado nesta quarta-feira (16).
O erro nos exames realizados no laboratório PSC Lab Saleme teve consequências graves, pois seis pacientes receberam transplantes de órgãos infectados com o vírus. A clínica responsável pelos transplantes está sendo investigada e pode enfrentar sérias consequências legais. A segurança dos pacientes é fundamental e casos como esse devem ser levados muito a sério. A responsabilidade dos profissionais de saúde é crucial para evitar erros que podem ter consequências fatais.
Investigação no Laboratório
A prisão de Cleber, o último foragido, completa a lista de detidos, que inclui também os técnicos Ivanilson Fernandes dos Santos e Jacqueline Iris Bacellar de Assis, além do ginecologista Walter Vieira, um dos sócios do laboratório. A defesa do técnico de laboratório afirma que ele não realizou exames com falsos negativos e não tinha vínculo empregatício com a clínica. No entanto, o laboratório alega que um erro humano teria levado à infecção com o vírus HIV em pacientes.
Em depoimento à polícia, Vieira detalhou as supostas falhas que ocorreram no laboratório. Segundo ele, o erro foi causado pelo biólogo Cleber Santos no momento de preparar o exame. Antes de manusear o equipamento que faria o teste para detectar a doença, ele não teria ‘zerado’ a máquina, o que causou o falso negativo. O PCS Lab Saleme afirma que o profissional tinha formação e capacidade para assinar e liberar o documento com os resultados, mas a assinatura final é de Vieira.
A defesa alegou que os documentos foram assinados porque há vários testes a serem feitos antes de os órgãos serem doados e que o ginecologista assinou somente o exame final. No segundo laudo, o erro foi atribuído ao responsável técnico pelos laudos, Ivanilson dos Santos. Ele teria se enganado e escrito ‘negativo’ no lugar de ‘positivo’. Por não ter formação de nível superior, porém, não poderia assinar e liberar o resultado.
Responsabilidade no Laboratório
A função de checar e assinar o exame feito por Ivanilson era de Jacqueline de Assis, que não teria realizado uma checagem e liberado o laudo com o falso negativo. A profissional, de acordo com o PCS Saleme, apresentou um diploma falso de biomédica no momento da contratação. A profissional nega conhecimento sobre o documento. O laboratório afirma que não sabia que o diploma dela não era verdadeiro e que só descobriu depois da descoberta desses casos.
Afonso Destri, advogado de Walter Vieira, disse que ‘se foi cometido algum erro, o erro foi não ter checado a autenticidade do documento apresentado pela Jacqueline’. Em nota, a defesa da funcionária diz que Jacqueline ‘jamais cursou faculdade ou atuou como Biomédica durante sua carreira e, principalmente, junto ao laboratório investigado’. O caso destaca a importância da responsabilidade e da verificação de credenciais no laboratório.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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