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Restos fossilizados de espécie extinta revelaram marcas de corte feitas por humanos em achados recentes de sedimento.
Há mais de 20.000 anos atrás, no que hoje é a Argentina, alguns dos primeiros habitantes das Américas encontraram e abateram usando ferramentas de pedra uma criatura gigante semelhante a um tatu, de acordo com um novo estudo. A descoberta, inferida a partir de marcas de corte nos restos fossilizados da criatura da era do gelo, é significativa porque se soma a uma série de achados recentes que sugerem que as Américas foram povoadas muito antes do que os arqueólogos inicialmente pensavam — talvez há mais de 25.000 anos.
Esses fósseis e achados arqueológicos estão mudando nossa compreensão da história antiga das Américas. A descoberta desses vestígios fossilizados revela pistas fascinantes sobre a vida e as atividades dos primeiros habitantes do continente, desafiando as narrativas tradicionais e estimulando novas pesquisas e teorias.
Descoberta de Fossil Revela Achados Recentes de Restos Fossilizados
Os achados recentes de um fossil de tatu extinto revelaram detalhes intrigantes sobre a presença de humanos na América do Sul. O fossil foi descoberto às margens do rio Reconquista, perto da cidade de Merlo, na Argentina. Os cientistas, ao analisarem os restos fossilizados, revelaram que o tatu em questão pertencia a uma espécie extinta chamada Neosclerocalyptus.
As datas de radiocarbono dos ossos e conchas de bivalves encontrados na mesma camada de sedimento revelaram que os restos do tatu tinham entre 20.811 e 21.090 anos. Essa descoberta lança luz sobre a presença de humanos na região há milhares de anos, muito antes do que se estimava anteriormente.
As marcas de corte presentes nos fósseis foram cuidadosamente examinadas pela equipe de pesquisa. Após uma análise minuciosa, foi determinado que as marcas eram consistentes com aquelas feitas por ferramentas de pedra. A disposição das marcas sugere que os animais foram abatidos por humanos, com cortes deliberados focados em áreas específicas da carne do tatu.
A paleoantropóloga Briana Pobiner elogiou o trabalho da equipe, destacando as evidências convincentes apresentadas. Segundo ela, as análises qualitativas e quantitativas fornecem fortes indícios de que as marcas de corte nos fósseis foram feitas por humanos. Essa descoberta lança novas perspectivas sobre a presença e as atividades humanas na região há mais de 21.000 anos.
A análise dos restos fossilizados revelou 32 marcas lineares, indicando um padrão deliberado de cortes feitos nas áreas musculares densas do tatu. Essas descobertas fornecem insights valiosos sobre a interação entre humanos e animais extintos na América do Sul pré-histórica.
Em resumo, a descoberta desses fósseis de tatu extinto não apenas amplia nosso conhecimento sobre a fauna do passado, mas também lança luz sobre a presença ancestral de humanos na região. Os achados recentes revelam uma história fascinante de interações entre espécies extintas e nossos antepassados, evidenciando a importância dos fósseis na compreensão da história da vida na Terra.
Fonte: © CNN Brasil
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