Nove atletas europeus na primeira divisão nacional, de países como Dinamarca, Espanha e Portugal. Contratações dividem opiniões no mercado do futebol, Campeonato Brasileiro e Copa do Mundo.
No futebol brasileiro, a chegada de jogadores europeus tem sido uma tendência crescente nos últimos anos. Com a contratação de Memphis Depay pelo Corinthians, o número de atletas europeus na primeira divisão do Brasil em 2024 chega a nove. Essa mudança é resultado de uma combinação de fatores que tornaram o futebol brasileiro mais atraente para os jogadores europeus.
O futebol é um esporte global, e a competição no Brasil é considerada uma das mais desafiadoras e emocionantes do mundo. Além disso, a janela de transferências oferece oportunidades para os clubes brasileiros contratarem jogadores de alta qualidade, como Memphis Depay. Com a chegada desses atletas, o nível do jogo no Brasil aumenta, tornando o esporte ainda mais atraente para os fãs e os próprios jogadores. A paixão pelo futebol é um fator importante nessa equação, pois os jogadores europeus buscam desafios e oportunidades para crescer em um ambiente competitivo e apaixonado.
O Futebol Brasileiro em Ascensão
O futebol brasileiro está passando por uma transformação significativa, com um aumento expressivo de jogadores europeus na Série A. Atualmente, o Campeonato Brasileiro conta com atletas de várias nacionalidades, incluindo Dinamarca, Espanha, França, Holanda, Irlanda do Norte, Portugal e Suíça. Esse fenômeno recente divide opiniões entre dirigentes, executivos e empresários do esporte.
O contingente de jogadores europeus na Série A expandiu 800% em relação a 2015, ano seguinte à realização da Copa do Mundo no Brasil. Em comparação com a temporada passada, o número de jogadores europeus quase dobrou, passando de cinco para nove. Esse crescimento é um reflexo do aumento do limite de estrangeiros no Brasileirão e de questões financeiras que tornam o Brasil um mercado atrativo para os jogadores.
O Mercado do Futebol em Transformação
Para alguns especialistas, o crescimento dos clubes, seja natural ou por suporte das Sociedades Anônimas do Futebol (SAFs), permite que o Brasil pague valores similares à Europa e se torne um mercado competitivo. ‘É multifatorial. Não tem uma razão única. É uma tendência de mercado. Processo de crescimento dos clubes, que aumentaram as receitas e capacidade orçamentária, seja natural ou por chegada das SAFs’, afirma Rui Costa, diretor executivo do São Paulo.
O empresário Paulo Pitombeira, um dos responsáveis pela chegada do grupo City ao Brasil, acredita que a chegada das SAFs foi um dos principais pontos para este marco no futebol brasileiro. ‘O mercado brasileiro sempre foi competitivo, em termos de futebol, e agora vem se equiparando também em termos financeiros. Com a abertura do país às SAFs, vemos mais organização, mais poderio financeiro e mais condições de que um atleta possua um plano de carreira e metas bem traçadas’, afirma Pitombeira.
Competições Financeiras e Atração de Talentos
Outros argumentos utilizados para responder a questão dizem respeito ao ingresso de técnicos estrangeiros no país, que gerou confiança aos jogadores para apostarem no futebol brasileiro, e à leitura de mercado dos scouts dos clubes, principalmente profissionais das SAFs. ‘Os europeus aqui têm contrapartida financeira igual a da Europa. Com o advento das SAFs, muitos scouts são do exterior e tem familiaridade. O fato deles terem conhecimento desse mercado favorece para que eles (jogadores europeus) venham’, explica Fernando Carvalho, ex-presidente do Inter e consultor em gestão esportiva.
O futebol brasileiro está tendo condições financeiras para atrair, não só jogadores europeus, mas também treinadores. Eles vêm ganhando próximo daquilo que tinham condições de ganhar em seus países de origem. Isso é um reflexo do crescimento do mercado do futebol brasileiro e da sua capacidade de competir com os principais clubes europeus.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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