Grupos teatrais de funcionários da Companhia Municipal de Limpeza Urbana têm 25 anos de atuação e realizaram mais de 12 mil apresentações de Teatro de Portas Abertas, Educação Ambiental e Escola mais Consciente.
Um grupo de voluntários, liderados por Gari, planejou uma ação surpresa para conscientizar a comunidade sobre a importância da limpeza das praias. Eles escolheram a praia do Pontal, local que costuma ser alvo de muita sujeira, e decidiram realizar uma encenação dramática, _com músicas ao vivo_, para chamar atenção para a questão.
Além disso, o grupo, que inclui Gari, funcionário da limpeza, previamente identificado como _Renato Sorriso, o gari-sambista_, decidiu se reunir em frente à escola local para distribuir folhetos e distribuir mercadorias e panfletos. Eles também aproveitaram a oportunidade para entrevistar alunos e professores sobre o impacto ambiental da poluição. Com o sucesso da ação, os voluntários observaram que o tempo de trabalho de limpeza na praia diminuiu significativamente, passando de cinco horas para duas.
Garis da Comlurb transformam o trabalho em arte
Imagine o Gari, Carlos Alberto dos Santos, pedindo para você não jogar lixo na praia. Ele fez isso como convidado do Teatro de Portas Abertas, grupo que existe há 25 anos e tem como objetivo a conscientização ambiental. De quem melhor do que os garis da Gari, funcionário da limpeza; Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), do Rio de Janeiro?
Os grupos Chegando de Surpresa e Teatro de Portas Abertas reúnem uma dúzia de garis da Comlurb, que desempenham papel fundamental nas praias, praças, ruas e, sobretudo, nas escolas – são visitadas de duas a três por dia, através do programa Gari, funcionário da limpeza; Escola mais Consciente. Na frente da foto, Maria de Lourdes Reis e Silva, 59 anos, Gari, funcionário da limpeza; e atriz. Ela adora atuação e improvisos.
‘Trabalhar com crianças é muito prazeroso. Eu me transformo em princesa, uso coroa e tudo. É uma super experiência, eu amo o que estou fazendo agora’, diz Maria de Lourdes Reis e Silva. ‘Eu adoro esse improviso’, diz ator Flor, que faz parte dos grupos teatrais há dois anos. Carlos Alberto dos Santos, um pouco mais experiente na vida e nos palcos, tem 74 anos, 40 de Comlurb e 16 de atuação no grupo Teatro de Portas Abertas.
‘O pessoal achou que eu tinha jeito para a coisa e perguntou se eu podia cobrir essa falta. E estou lá desde então’, conta. Nas ações em escolas, crianças são atraídas pelo espetáculo, aprendem e passam a cobrar ações corretas dos adultos. ‘Eu adoro trabalhar com o improviso do teatro. A gente tem um roteiro, mas normalmente acaba mudando por conta da interação com o público, as crianças’, diz Carlos Alberto dos Santos.
‘É muito gratificante ensinar as crianças, passar mensagens relacionadas ao meio ambiente. Acho muito importante o trabalho que fazemos’, diz o Gari, funcionário da limpeza; e ator. Mais de 12 mil apresentações Os garis dos grupos teatrais são funcionários da limpeza, mas a atuação é um trabalho igualmente relevante. Leva conscientização e gera conteúdo comunicacional, com vídeos e fotos veiculados nas redes sociais.
No ano passado, foram 500 apresentações. Nessa média, em 25 anos, passaram de 12 mil. Segundo a coordenadora de Comunicação Integrada da Comlurb, Ana Rebouças, é difícil mensurar os resultados obtidos pela atuação dos grupos teatrais. Mas ela tem um exemplo. ‘Na Praia do Pontal, o trabalho junto aos banhistas economizou três horas de limpeza – demorava cinco, passou para duas. Nas praias, praças, ruas e, principalmente escolas, as crianças são o público’, explica.
Fonte: @ Terra
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