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Líder do governo no Senado afirma que adiantar indicação seria positivo se houver acordo para sabatina.
O representante do Governo no Senado, senador Jaques Wagner (PT-BA), declarou hoje que o Executivo está considerando adiantar a indicação para a liderança do Banco Central. O atual presidente da instituição, Roberto Campos Neto, terá seu mandato encerrado no final de dezembro. De acordo com Jaques Wagner, a antecipação traria maior estabilidade para a instituição.
A possibilidade de antecipar a indicação para o comando do Banco Central é vista como uma medida estratégica pelo Governo, visando garantir uma transição suave na instituição. A antecipação da escolha do novo presidente pode trazer benefícios tanto para a economia quanto para a credibilidade do órgão. A indicação precoce demonstraria o comprometimento do Governo com a estabilidade financeira do país.
Governo e Indicação no Banco Central
Leia Mais MP junto ao TCU pede investigação sobre seguro que ‘blinda’ gestores de conselho da AGU Pacheco se reúne com Padilha e líderes do governo na retomada dos trabalhos Servidores do Tesouro entram em greve; paralisação pode afetar execução de emendas ‘Hoje, todo mundo no Banco Central, mesmo quem está na direção, pelo que eu ouço, acha melhor indicar [o presidente], porque um Banco Central trabalha com expectativa de futuro’, afirmou em entrevista a jornalistas no Senado. Para isso, entretanto, Jaques Wagner afirma que seria necessário haver acordo para a realização da sabatina no Senado. ‘Pelo que estou sentindo, a maioria das pessoas entende que é bom indicar, mas tudo tem que ser combinado’, afirmou. Os integrantes da diretoria e presidência do Banco Central precisam ser sabatinados pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e depois suas indicações são submetidas a votação no plenário. Desde o início do mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem feito críticas públicas à gestão de Campos Neto, motivadas em especial pelo patamar da taxa básica de juros. O atual presidente do BC foi indicado para o cargo ainda no governo de Jair Bolsonaro (PL). Um dos principais cotados para assumir a posição hoje ocupada por Campos Neto é Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária do BC e ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda. Jaques Wagner declarou que não há prazo para o governo fazer a indicação. Como a CNN mostrou, o presidente Lula tem sido aconselhado a deixar para outubro a escolha. Sobre a proposta que altera o regime jurídico do BC, Jaques Wagner afirmou que ainda deve conversar com o relator do texto, senador Plínio Valério (PSDB-AM). A PEC garante autonomia financeira para o BC. O governo, entretanto, é contra tornar o banco em uma empresa pública. O texto aguarda votação na Comissão de Constituição de Justiça (CCJ). Reforma tributária e desoneração O líder do governo também sinalizou que não é desejo do Palácio do Planalto retirar a urgência do projeto de lei da regulamentação da reforma tributária, como quer a maioria dos líderes partidários do Senado. Segundo Jaques Wagner, o prazo não começou a contar porque até agora o texto aprovado pela Câmara não chegou oficialmente ao Senado. Considerando que o texto irá sofrer mudanças e precisará voltar à Câmara, o prazo é visto como apertado. A urgência trava a pauta do plenário do Senado dentro de 45 dias após a chegada da matéria e é vista pelo Planalto como necessária para impulsionar a tramitação. ‘Não é que para nós é um fetiche a urgência. O fetiche é a gente fechar esse ano’, afirmou o líder do governo. Outra matéria que está em compasso de ajuste é a da desoneração da folha de pagamento, que foi pautada pelo presidente do Senado para a sessão desta quarta-feira (7), mas ainda não há acordo fechado, nem relatório apresentado. Jaques Wagner é o relator do projeto de lei e tenta um meio-termo entre o presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e a equipe econômica. O governo inicia o
Fonte: @ CNN Brasil
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