Heptacampeão falha na etapa brasileira do Interlagos com um pé fora da Ferrari a partir de 2025.
A corrida pela vitória na temporada é intensa na Fórmula 1 e, em 2015, Lewis Hamilton está mais do que motivado a conquistar o seu sétimo título, sobretudo após seu último triunfo em 2021. Com apenas três etapas restantes, a pressão aumenta e Hamilton não parece disposto a comprometer sua performance, mesmo com a Mercedes não sendo a melhor equipe atualmente em termos de competitividade.
Seu desempenho na pista, no entanto, não reflete a opinião do heptacampeão sobre a sua situação atual. "Eu serei um piloto de corrida, independentemente da equipe", enfatiza Hamilton, demonstrando sua dedicação inabalável à sua carreira e ao esporte. Com uma carreira repleta de conquistas, incluindo seu título de 2021 e seu histórico de vitórias, ele não tem medo de enfrentar desafios, como a falta de competitividade da Mercedes em eventos recentes, como a alemã, que marcou a etapa de volta ao GP da Hungria.
Confissão de Hamilton: ‘Não queria voltar a corrida’
Max Verstappen pode ser tetracampeão da F1 no GP de Las Vegas; veja como Sainz e Alonso ligaram para chefe da Mercedes por vaga de Hamilton Na etapa heptacampeão britânico conseguiu apenas um discreto 10º lugar na corrida principal e nem mesmo pontuou durante a sprint. Aliás, o único momento de destaque de Lewis em Interlagos foi a oportunidade de guiar a McLaren MP4/5B de Ayrton Senna, como o próprio piloto afirmou. Por isso, o heptacampeão não escondeu a decepção com a má fase e assumiu que considerou não fazer as últimas corridas pela equipa alemã. – No momento, foi assim que me senti, eu realmente não queria voltar depois daquele fim de semana. No calor do momento, claro, eu preferia estar na praia, relaxando. Mas estou aqui, eu amo esse trabalho e vou dar o meu melhor. Mas acho que é natural. É frustrante ter uma temporada como essa, e estou certo que não terei novamente, ou pelo menos vou trabalhar para não ter novamente – afirmou o piloto britânico.
Projeto incrível
Em fevereiro, Hamilton comunicou sua saída da Mercedes ao final do ano e que vai defender a Ferrari a partir de 2025. Na equipe de Brackley desde 2013, o britânico conquistou seis dos seus sete títulos mundiais e 84 vitórias ao longo de 12 anos de parceria. Apesar de ter encerrado um jejum de quase três anos e ter voltado a vencer nesta temporada nas corridas da Inglaterra e da Bélgica, o piloto não sabe o que é subir no pódio justamente desde a etapa de Spa-Francorchamps. Mas, mesmo com o resultado amargo obtido no Brasil, Hamilton garante que teve tempo para absorver a decepção e voltar o foco para a disputa do GP de Las Vegas que acontece neste final de semana. – Naturalmente, no momento eu não me senti bem com aquela última corrida [GP de São Paulo]. Mas tive uma ótima semana passada com muitos projetos incríveis em que estou trabalhando, incluindo o filme da F1. Isso é o que torna essas coisas importantes para poder se recuperar de finais de semana como o do Brasil – explicou o heptacampeão. Mesmo assim, a insatisfação de Hamilton ficou clara imediatamente logo após a chuvosa etapa em Interlagos em meio as muitas dificuldades com o W15. Ainda no carro, o piloto teve uma conversa com seu engenheiro, Peter Bonnington, que serviu para criar dúvidas sobre a continuidade da parceria. – Foi um fim de semana desastroso, pessoal. O carro nunca esteve tão ruim. Mas obrigado por continuarem tentando. Excelente trabalho do pessoal no pit stop. Se essa foi a última vez que pude competir, é uma pena que não tenha dado certo, mas sou grato a vocês – disse Hamilton logo após a bandeirada. Acostumado a disputar sempre as primeiras colocações, o piloto vive uma realidade bem distinta desde 2022, quando a F1 adotou o regulamento do efeito solo. Na temporada atual, o britânico ocupa apenas a 7ª colocação, com 190 pontos.
Fonte: © GE – Globo Esportes
Comentários sobre este artigo