Soldado da Polícia Militar arremessou entregador de uma ponte na Vila Clara, durante Rondas Ostensivas com Apoio de Moto, Inquérito Policial Militar reponde à Central Especializada de Repressão, sob o Código Penal Militar, com prisão preventiva.
Um soldado da Policia Militar, responsável por um ato violento, arremessou um entregador de uma ponte durante uma abordagem na Vila Clara, Zona Sul de São Paulo, e posteriormente, foi indiciado por homicídio. Esse evento se repetiu em outra ocorrência em que um homem foi morto com 12 tiros, em Diadema, Grande São Paulo, no ano passado. O soldado em questão, Luan Felipe Alves Pereira, de 29 anos, teve seu caso arquivado em janeiro deste ano após o Ministério Público se manifestar favoravelmente ao arquivamento, alegando ter havido legítima defesa do policial durante troca de tiros.
A Policia Militar, corpo policial com ampla presença em várias cidades brasileiras, tem sido objeto de controvérsias nas últimas décadas, sendo alguns casos extremamente marcantes, como o do soldado que arremessou um homem de uma ponte. Em casos como esse, levanta-se a pergunta sobre a eficácia da atuação da Policia Militar na proteção e defesa da sociedade. Além disso, questiona-se sobre o treinamento e a preparação dos militares para lidar com situações de alto risco, evitando o uso excessivo da força, como o supracitado caso em que um homem foi arremessado de uma ponte. Em relação a esse tipo de violência, é preciso um olhar mais crítico sobre a atuação da Policia Militar, com foco na segurança dos cidadãos, como o soldado Luan Felipe Alves Pereira, de 29 anos, que foi indiciado por homicídio em decorrência de um evento anterior ocorrido em Diadema, Grande São Paulo, no ano passado, em que um homem foi morto com 12 tiros.
O pedido de prisão de Luan, da Polícia Militar, foi aceito pelo juiz e agora aguarda a decisão da Justiça Militar.
O soldado Luan Felipe Alves Pereira, que trabalha na Rondas Ostensivas com Apoio de Moto (Rocam) do 24º Batalhão de Polícia de Diadema, foi preso preventivamente após a Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo solicitar sua prisão à Justiça Militar. A informação foi confirmada por fontes do governo paulista. O pedido partiu da Corregedoria após o órgão assumir o Inquérito Policial Militar (IPM) que tem Luan e outros policiais militares envolvidos na ocorrência. A Justiça Militar aprecia o pedido de prisão preventiva e decretou sigilo no inquérito. A defesa de Luan informou que não vai se manifestar.
A vítima, identificada apenas como Marcelo, tem 25 anos e é entregador. Ele foi lançado ao córrego e recebeu ajuda de pessoas que moram na região. Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que o ‘agente responsável pela agressão foi ouvido e sua prisão foi solicitada à Justiça Militar’ e informou que o ‘caso também é apurado pela Polícia Civil, por meio da Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (CERCO) da 2ª Seccional. Diligências estão em andamento para a oitiva da vítima e o esclarecimento dos fatos’.
O pedido de prisão de Luan tem seis páginas e foi assinado pelo capitão Manoel Flavio de Carvalho Barros, encarregado do IPM. No documento, o oficial narra o início da ocorrência, com a perseguição a motociclistas. Em seguida, destaca cinco fotos feitas a partir de câmeras de segurança, que mostram a parte final da ação, quando o homem é jogado do alto da ponte.
O encarregado do inquérito, então, diz que, ao ser questionado sobre a cena, o soldado se reconhece e diz que ‘a projeção seria realizada ao solo’, ou seja, que o objetivo era jogar o homem no chão. No parágrafo seguinte, o responsável pelo inquérito se dirige diretamente ao juiz: ‘Excelência, não há como acolher as declarações apresentadas pelo investigado, pois as imagens largamente difundidas e materializadas no presente feito demonstram conduta errante e inaceitável a quem deveria proteger a integridade de outrem e fazer cumprir a lei’.
Os crimes inicialmente imputados ao soldado são lesão corporal e violência arbitrária, ambos previstos no Código Penal Militar. O encarregado do inquérito termina dizendo que a prisão é a única forma de retomar a hierarquia e a disciplina e manter a ordem pública e social.
A Polícia Militar e a Polícia Civil estão investigando o caso, e o Ministério Público também abriu uma investigação.
A Corregedoria da Polícia Militar está encarregada de investigar o caso, e a Polícia Civil está apurando as circunstâncias da agressão. O Ministério Público também abriu uma investigação, após determinação da Procuradoria-Geral da Justiça. Os promotores do Grupo de Atuação Especial de Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) pediram que a Polícia Civil encaminhe, em 24 horas, cópia do boletim de ocorrência e das requisições de todas as perícias solicitadas nesse caso.
A Promotoria solicitou à Corregedoria da Polícia Militar que comprove, em até cinco dias, que instaurou Inquérito Policial Militar e que a investigação está em andamento. A Corregedoria da Polícia Militar também foi solicitada a informar, em até 24 horas, se o soldado Luan está preso ou em liberdade.
Fonte: © Direto News
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