Mercado de ações opera dividido entre preocupações internas, como risco fiscal, e incentivos no exterior, após dados de emprego, impactando o acionário brasileiro.
O Ibovespa, o principal índice brasileiro de ações, está prestes a interromper uma sequência de dois meses de alta. A bolsa brasileira acumula uma queda de 2,41% em setembro, um desempenho diferente dos meses anteriores. Os dados de emprego no Brasil e a inflação nos Estados Unidos foram os principais fatores que influenciaram as negociações de hoje.
A carteira teórica do Ibovespa, que é composta por ações de empresas líderes do mercado, também refletiu essa tendência de queda. A perda de valor das ações dessas empresas contribuiu para a queda do índice. Além disso, a incerteza econômica global e a volatilidade do mercado financeiro também exerceram pressão sobre o Ibovespa, levando a uma queda em setembro após dois meses de alta. A expectativa é que o mercado continue a ser influenciado por esses fatores nos próximos dias.
O Ibovespa e o Mercado Acionário Brasileiro
A semana foi marcada por uma recuperação no mercado, com o Ibovespa apresentando uma alta de 1,27%. No entanto, o índice brasileiro ainda opera com cautela, devido ao risco fiscal e ao mercado de trabalho aquecido. A carteira teórica teve perdas de 0,21% na sexta-feira, mas o volume de negociações foi superior à média diária dos últimos 12 meses, alcançando R$ 17,8 bilhões.
A Vale foi a grande responsável pelos ganhos acumulados pela carteira nos últimos dias, com uma alta de 11,53% na semana. A empresa tem a ação com o maior peso no Ibovespa e foi beneficiada pelo anúncio de estímulos à economia chinesa. A China é o maior parceiro comercial do Brasil e a promessa de injetar US$ 142 bilhões nos bancos públicos e reduzir os juros para fomentar o crédito e o consumo animou os investidores.
O Impacto dos Estímulos Chineses no Ibovespa
Além da Vale, outros papéis de metálicas, como Companhia Siderúgica Nacional (CSN), Gerdau e Usiminas, tiveram uma semana frutífera. No entanto, os ativos caíram no último pregão, possivelmente devido a uma realização de lucros ou à percepção de que a China dificilmente voltará a crescer no ritmo visto nas últimas décadas. O mercado imobiliário chinês segue em crise e não é esperado que retorne ao fervor visto antes da pandemia.
O Banco Central chinês cortou em 0,2 ponto percentual as taxas de juros de curto prazo, reduzindo os custos de empréstimo. No entanto, essas medidas não são esperadas para fazer a China ter outro ‘boom’ de construção civil. As medidas adotadas pela China beneficiaram o real, que despejou bom humor no mercado e espera um reaquecimento das demandas pelos produtos importados pelo país. O dólar comercial encerrou a semana com queda de 1,53% e já se desvalorizou 3,48% no mês.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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