Recorde do Ibovespa em 20/05/2008, índice descontado, tendência de ganhos, volatilidade, inflação, média indicadora, pico, fechamento recorde, bolsa brasileira.
O recente movimento de alta no mercado financeiro brasileiro impulsionou o Ibovespa para um novo recorde. O índice atingiu os 134.574 pontos durante as negociações desta semana, superando a marca anterior. A valorização reflete a confiança dos investidores na economia do país e nas perspectivas futuras.
Apesar da leve correção no final do pregão, o Ibovespa ainda encerrou o dia em um patamar elevado, consolidando sua posição como um dos principais índices do mercado financeiro nacional. A expectativa é de que o cenário positivo perdure e continue impulsionando os investimentos no Brasil.
Recorde do Ibovespa: Análise de Fechamento e Inflação
E todo esse movimento já pode ser uma sinalização de que o Ibovespa caminha para renovar o recorde de fechamento ainda este ano. Ou, pelo menos, de que o mercado já pode apostar nele. Mas será mesmo? Pelo patamar de pontuação nominal, quer dizer, considerado apenas nível numérico, o índice alcançou mesmo seu pico durante as negociações nesta quinta (15). Mas o recorde em pontos não significa que o Ibovespa está no melhor momento de toda a sua história. Se fosse corrigido pela inflação medida pelo indicador oficial no Brasil, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), esse recorde do índice teria ficado em 20 de maio de 2008.
Embora nominalmente o patamar de fechamento daquele dia seja os 73.517 pontos, no reajuste, esse nível equivaleria a 182.275 pontos nos dias de hoje. Ou seja, no patamar real ajustado pelo IPCA, o Ibovespa ainda está 26,4% abaixo do seu recorde gravado mais de 16 anos atrás. Pode parecer confuso, mas tem a ver com algo bastante simples: o poder de compra. Na prática, nós sentimos isso no bolso, porque R$ 100 hoje não compram o mesmo que R$ 100 compravam no passado. Isto é a inflação, uma regra que se aplica tanto para as contas, compras em lojas e supermercados assim como também para a compra de ativos na bolsa de valores.
Já o índice dolarizado, que elimina as flutuações do real e o quanto nossa moeda se desvaloriza contra o dólar, a principal divisa de negociação globalmente, estaria em 12.786 pontos hoje, 72% abaixo dos 44.367 pontos que alcançou no seu pico (também em 20 de maio de 2008). Essa correção pelo dólar ajuda a medir o preço do Ibovespa para o investidor estrangeiro, que costuma negociar pela moeda dos Estados Unidos. Esse grupo representa 55% do volume financeiro movimentado na B3 e é, portanto, o principal condutor do rumo da bolsa brasileira.
Por que isso é uma boa notícia para a bolsa? ‘Um recorde nominal não quer sempre dizer que estamos chegando no momento mais propício para a realização de lucros em bolsa’, disse Lucca Ramos, sócio da One Investimentos. Ele se refere ao momento em que os ativos estariam inflacionados – tamanha a força compradora – e se aproximariam do ponto ideal para venda. Essa ‘faixa de venda’ poderia ter sido atingida se o Ibovespa estivesse em seu recorde real. Na máxima, a tendência de curto e médio prazo é de queda nos preços das ações.
Mas o que acontece na bolsa brasileira hoje é justamente o contrário. Na bolsa, ganhos com as negociações de ações se baseiam na lógica de comprar a ação a um preço mais baixo e vender a um valor mais alto. Um cenário ideal, portanto, é o de comprar um ativo na mínima e vender na máxima – ou ao menos entrar nos vales e sair nos picos dos preços. Então por que ainda vale a pena entrar no Ibovespa no curto prazo? Atualmente, os ativos da bolsa brasileira estão com os preços ‘comprimidos’, quer dizer, estão desvalorizados considerado o valor que o mercado julga ser justo para as ações de boa parte das empresas listadas. Ou seja, o momento
Fonte: @ Valor Invest Globo
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