Ministério da Saúde alerta que álcool aumenta risco de doenças crônicas não transmissíveis, doenças infecciosas, transtornos mentais e incapacidade.
O consumo excessivo de álcool é um sério problema de saúde pública em nosso país. Isso é evidente quando se pensa na quantidade de pessoas afetadas por doenças relacionadas ao álcool. Para abordar essa questão, o governo está avaliando a possibilidade de impor taxas mais altas sobre bebidas alcoólicas.
Algumas das bebidas alcoólicas mais comuns que poderiam ser afetadas por essa medida incluem cerveja, vinho e álcool em bebidas. Essas taxas poderiam ser incorporadas ao Imposto Seletivo, que é destinado a produtos nocivos à saúde ou ao meio ambiente. Além disso, a ideia é que esses recursos possam ser usados para financiar programas de prevenção e tratamento de doenças relacionadas ao álcool.
O Impacto Devastador do Álcool na Saúde: Uma Realidade que Demanda Atenção
Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde, o consumo de álcool não apresenta qualquer nível de segurança. Compreenda os fatos alarmantes relacionados ao uso do álcool em qualquer quantidade e seus devastadores efeitos na saúde.
Fatores de Risco: A Alcunha do Álcool como Causa de Óbitos
Em 2022, o álcool foi responsável por 3% dos óbitos no Brasil, com um cenário ainda mais sombrio em todo o mundo. Segundo a OMS, em 2019, o consumo do álcool foi responsável pela morte de aproximadamente 2,6 milhões de pessoas, com transtornos digestivos, acidentes e doenças cardiovasculares sendo os principais motivos.
O Custo Humanitário: Despesas com Tratamentos de Cânceres Associados ao Álcool
No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) gastou R$ 1,7 bilhão com tratamentos de cânceres associados ao álcool em 2018. Estima-se que, a partir de 2040, essas despesas aumentarão para mais de R$ 4,1 bilhões anuais, o que representa um aumento de 139%.
A Alcunha do Álcool como Principal Fator de Risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis
O álcool é o principal fator de risco para doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes e hipertensão, que representam a maior causa de morte da população brasileira com 798 mil óbitos em 2022 – 51,7% de todas as mortes ocorridas no Brasil.
Efeitos na Saúde Mental, Violência Interpessoal e Lesões de Trânsito
O consumo de álcool também tem efeitos devastadores na saúde mental, como aumento das chances de ideação suicida e das lesões intencionais e não intencionais. Além disso, a direção alcoolizada é fator de risco para 27% de todos os acidentes rodoviários e, nos casos de violência interpessoal, em 2022, 29,2% dos casos notificados envolveram consumo prévio de álcool pelo agressor.
Crescimento Exponencial do Consumo de Álcool entre Mulheres e Adolescentes
Aqui, 44% da população adulta do Brasil consome álcool, com um crescimento expressivo entre mulheres e adolescentes. Entre mulheres, o consumo episódico pesado aumentou em 95% entre 2006 e 2023. Entre adolescentes, os dados mostram um aumento preocupante do consumo de álcool.
Fonte: @ Ministério da Saúde
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