ouça este conteúdo
A Apple é acusada de abusar de sua posição dominante na distribuição de aplicativos, impondo restrições sobre compras.
A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) estendeu por mais 60 dias, na última quarta-feira (17), a investigação envolvendo a Apple e a exclusividade do uso do Apple Pay para os usuários de iPhone. A decisão de prorrogar o inquérito foi tomada pelo superintendente-geral do Cade, Alexandre Barreto.
A empresa da maçã terá mais tempo para se defender diante das acusações relacionadas ao Apple Pay. A prorrogação do prazo demonstra a seriedade com que o Cade trata as questões de concorrência no mercado de tecnologia.
Apple sob investigação do Cade por suposto abuso de posição dominante
Uma denúncia feita pela plataforma de comércio on-line Mercado Livre levou o caso envolvendo a Apple ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em 2022. Alegações indicam que a empresa da maçã estaria se aproveitando de sua posição dominante no mercado de distribuição de aplicativos para dispositivos com sistema iOS. A controvérsia gira em torno das restrições impostas pela Apple aos desenvolvedores de aplicativos de bens e serviços digitais, especialmente no que diz respeito a compras dentro dos apps.
De acordo com o Mercado Livre, as políticas da Apple restringem a concorrência, dificultando a entrada de concorrentes no mercado. A empresa da maçã, no entanto, nega veementemente as acusações. A controvérsia destaca a exclusividade do uso do sistema iOS e a posição dominante da Apple nesse mercado específico.
A Apple, conhecida por sua abordagem rigorosa em relação ao uso de sua plataforma, enfrenta críticas quanto às restrições impostas aos desenvolvedores. A empresa defende tais medidas como necessárias para garantir a segurança e a qualidade dos aplicativos disponíveis em sua loja virtual.
A investigação em andamento pelo Cade lança luz sobre as práticas da Apple e seu impacto no mercado de aplicativos. A empresa, que historicamente se destaca pela inovação e design de seus produtos, agora enfrenta questionamentos sobre sua conduta em relação à concorrência e à liberdade dos desenvolvedores.
A controvérsia em torno do uso do Apple e das políticas de distribuição de aplicativos destaca a complexidade do mercado digital e as tensões entre a busca pela exclusividade e a promoção da concorrência saudável. O desfecho desse caso terá repercussões significativas no setor de tecnologia e nas práticas comerciais das empresas envolvidas.
Fonte: @ Valor Invest Globo
Comentários sobre este artigo