Desigualdade na educação, especialmente em países africanos, é um problema crítico. O grupo econômico do Brasil, que investiu 1.273 dólares por criança em 2022, encontra-se em faixa intermediária, de acordo com relatório.
Países de baixíssima renda no mundo enfrentam desafios significativos quando se trata de investir em educação e oferecer oportunidades de desenvolvimento para suas crianças. Em 2022, o Afeganistão, a Etiópia, a Guiné-Bissau e o Mali, quatro dessas nações, destinaram apenas 55 dólares para cada criança em idade escolar ao longo do ano, valor que não é suficiente para atender às necessidades básicas da educação. Esse investimento é insuficiente, levando a problemas mais amplos no futuro, como aumento da pobreza e redução nas oportunidades de educação.
Por outro lado, países como os EUA, o Reino Unido, a Itália e a Alemanha, que possuem economias mais desenvolvidas, destinam significativos recursos para a educação. Em 2022, essas nações gastaram cerca de 8.532 dólares por aluno, valor que reflete o compromisso desses países com a educação pública e seu financiamento. Tais parâmetros permitem que as crianças desses países tenham acesso a melhores condições de aprendizado e obtenham educação de qualidade. O impacto disso se reflete na economia, pois crianças bem educadas são mais propensas a ingressar em universidades e, posteriormente, contribuir positivamente para a educação e o financiamento de seus países.
Financiamento Educacional: Um Desafio Global
A educação é um direito fundamental para o desenvolvimento de qualquer sociedade, no entanto, sua financiamento é um desafio constante em muitos países. De acordo com o relatório ‘Education Finance Watch’ (Observatório do Financiamento Educacional), a quantia que um país africano gasta ao longo de 12 meses com um estudante é equivalente à que os ricos despendem em cerca de 2 dias da vida escolar de uma criança. Isso destaca a necessidade urgente de priorizar o financiamento educacional e garantir que os recursos sejam utilizados de forma eficiente.
Investimento em Educação: Um Desafio para Todos
O Brasil está em uma faixa intermediária de renda, junto com China, África do Sul e Colômbia, e o investimento anual por aluno em 2022 foi de 1.273 dólares, apenas 2 dólares a mais do que em 2021. Essa quantidade é insuficiente para garantir a universalização e a equidade na educação, e é necessário aumentar os recursos para melhorar a aprendizagem dos estudantes no contexto de transformações digitais e ambientais.
Uso Ineficiente de Recursos e Dívida Pública
Os recursos financeiros são usados de forma ineficiente pelos governos, e os governos precisam focar na administração dessas verbas para melhorar a formação de professores, a gerência de escolas e as políticas educacionais mais efetivas. Além disso, países como Gana estão direcionando mais recursos per capita para pagar os juros da dívida pública do que para investir em educação, o que é um problema grave.
Declínio do Financiamento Educacional
A parcela direcionada para o segmento educacional diminuiu de 9,3% em 2019 para 7,6% em 2022, enquanto as áreas como energia, guerra e combate à Covid passaram a ser mais priorizadas pelos ‘doadores’. Isso é um sinal de que a educação não está sendo priorizada como deveria, e que os recursos estão sendo direcionados para fins outros.
Conclusão
A educação é um direito fundamental que precisa ser garantido, e o financiamento educacional é um desafio constante em muitos países. É necessário priorizar o financiamento educacional e garantir que os recursos sejam utilizados de forma eficiente para melhorar a aprendizagem dos estudantes e alcançar os objetivos nacionais e internacionais na área. Além disso, é necessário reduzir a dívida pública e direcionar mais recursos para o financiamento educacional.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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