Ataques extensivos começaram no sul do Líbano, na fronteira com a Síria, em um conflito prolongado que se assemelha à guerra de Gaza.
As forças armadas israelenses anunciaram na segunda-feira (23) que estão realizando uma série de ataques intensivos contra alvos do Hezbollah, movimento apoiado pelo Irã, no Líbano, em meio a um dos períodos de trocas de fogo mais intensos na fronteira em quase um ano de conflito. A tensão está aumentando.
De acordo com fontes militares, os ataques visam desarticular a infraestrutura do Hezbollah, um grupo militante que tem sido um dos principais alvos das forças israelenses. A organização, que é considerada uma das mais poderosas do Líbano, tem sido acusada de realizar ataques contra Israel e de receber apoio financeiro e militar do Irã. A situação é cada vez mais volátil.
Conflito entre Israel e Hezbollah se intensifica
O porta-voz do exército israelense, Daniel Hagari, alertou os moradores do sul do Líbano para manterem distância dos postos do Hezbollah. Ele afirmou que Israel começou a atacar os postos do Hezbollah no Líbano após detectar a intenção de disparar contra Israel. Essa ação é mais um capítulo no conflito prolongado entre as duas partes.
Caças israelenses realizaram uma onda intensa de ataques aéreos em cidades ao longo da fronteira sul do Líbano e até mais ao norte na manhã de segunda-feira, de acordo com testemunhas da Reuters. Repórteres da Reuters na cidade portuária de Tiro, no sul, puderam ouvir os aviões de guerra voando baixo sobre o sul do Líbano e uma série de explosões de ataques aéreos nas proximidades.
A televisão al-Manar, do Hezbollah, informou sobre ataques aéreos israelenses visando os arredores de várias cidades e vilarejos no sul e no Vale do Bekaa, no leste do Líbano. Imagens mostraram colunas de fumaça se elevando sobre o sul. O Hezbollah e Israel trocaram fogo intenso até domingo, quando o grupo militante libanês disparou foguetes em profundidade no território israelense do norte após enfrentar um bombardeio intenso.
Declarações de líderes e perspectivas para o futuro
O vice-chefe do Hezbollah, Naim Qassem, disse a enlutados no funeral de um dos comandantes do movimento, morto na semana passada em Beirute: ‘Entramos em uma nova fase, cujo título é a batalha interminável de acerto de contas.’ O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, afirmou que as operações continuariam até que fosse seguro para as pessoas evacuadas em seu lado da fronteira retornarem — também preparando o cenário para um conflito prolongado, já que o Hezbollah, apoiado pelo Irã, prometeu lutar até um cessar-fogo na paralela guerra de Gaza.
O conflito — que se intensificou drasticamente na última semana — se arrasta desde que o Hezbollah abriu uma segunda frente contra Israel, alegando que estava atuando em apoio aos palestinos que enfrentam uma ofensiva israelense mais ao sul, em Gaza. Na terça e na quarta-feira, milhares de pagers e rádios usados por membros do Hezbollah explodiram. O ataque foi amplamente atribuído a Israel, que não confirmou nem negou a responsabilidade. Esse incidente é mais um exemplo dos ataques extensivos que têm ocorrido na região.
Consequências e perspectivas futuras
O conflito entre Israel e o Hezbollah tem causado preocupação internacional, com muitos países pedindo um cessar-fogo imediato. No entanto, parece que o conflito está longe de terminar, com ambos os lados preparados para uma guerra prolongada. O Hezbollah, como um grupo militante bem organizado, tem demonstrado sua capacidade de resistir aos ataques israelenses, enquanto Israel continua a afirmar que não vai parar até que o Hezbollah seja neutralizado.
A situação na fronteira sul do Líbano continua tensa, com ambos os lados preparados para mais ataques. O Hezbollah tem prometido lutar até um cessar-fogo na guerra de Gaza, o que pode levar a um conflito ainda mais prolongado. Enquanto isso, a comunidade internacional continua a pedir um fim às hostilidades e um retorno à negociação.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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