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Relacionamento por interesse gourmetizado, com único termo1, várias pessoas.
Nos últimos tempos, tenho refletido bastante sobre a importância do relacionamento em nossas vidas. Acredito que é fundamental cultivar laços saudáveis e significativos com as pessoas ao nosso redor, pois isso contribui para o nosso bem-estar emocional.
Quando se trata de namoro ou união, é essencial estabelecer uma conexão baseada no respeito, na confiança e na cumplicidade. Uma boa ligação entre duas pessoas pode trazer muita felicidade e crescimento mútuo. Portanto, devemos valorizar e nutrir os nossos relacionamentos para que possamos desfrutar de uma vida mais plena e satisfatória.
Reflexões sobre o termo ‘relacionamento’
O sufixo ‘gamia’ me fez refletir sobre a importância da monogamia, que envolve um compromisso com um único parceiro ou parceira, e da poligamia, que abrange a ligação com várias pessoas simultaneamente. Seguindo essa linha de pensamento, a hipergamia despertou minha curiosidade, sendo interpretada como alguém que busca se relacionar com o maior número de pessoas possível, sem restrições. No entanto, ao me aprofundar no assunto, percebi que o termo ‘hipergâmico’ descreve, na verdade, um monogâmico com preferências específicas e seletivas.
Em geral, praticar a hipergamia significa optar por se relacionar com indivíduos que possuem mais recursos financeiros e/ou poder do que você. Esse comportamento não é algo inédito, mas sim uma prática comum em diversos contextos.
Antigamente, era comum que os casamentos fossem arranjados, com a negociação de ‘dotes’ entre as famílias dos noivos. Esses dotes consistiam em bens materiais, como dinheiro ou propriedades, transferidos pelos pais do noivo para os pais da noiva. Essa prática era tão arraigada que era tema de filmes, como o recente ‘Donzela’, estrelado por Millie Bobby Brown.
No entanto, a ideia de atribuir um valor monetário a uma pessoa, como forma de garantir sua entrada em um relacionamento, parece absurda nos dias atuais. A noção de casamentos por interesse, baseados em benefícios materiais, foi gradativamente sendo substituída pela busca de conexões genuínas e afetivas.
Atualmente, a decisão de se envolver com alguém deve ser pautada pelo sentimento e não por interesses financeiros. Relacionamentos baseados em trocas materiais são vistos com desconfiança e desaprovação pela sociedade. A valorização do amor e da cumplicidade passou a ser o cerne das relações interpessoais, afastando a ideia de casamentos por conveniência.
Essa mudança de paradigma é evidenciada até mesmo em questões legais, como a recente alteração no Código Civil brasileiro, que revogou a proibição de casamentos com comunhão total de bens para pessoas com mais de 70 anos. Essa medida reflete a valorização da liberdade e da autenticidade nos relacionamentos, em detrimento de acordos baseados em interesses materiais.
Fonte: © CNN Brasil
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