Camponeses recebiam boa nova em locais distantes de Roma, onde Jesus pregava contra o poder político.
O personagem Jesus, uma figura-chave da narrativa bíblica, é retratado no episódio “Visão do Corre” como um Jesus marginalizado, um pregador de origem camponesa que desafiava o poder político romano e as noções religiosas tradicionais. Essa abordagem coloca em destaque a vida de Jesus como uma experiência humana, afastando-se da representação tradicional de um líder religioso.
A origem camponesa de Jesus é um aspecto importante da narrativa, pois destaca a sua ligação com o povo e a sua compreensão da vida de Jesus como uma experiência humana. Além disso, a sua abordagem ao poder político romano e as noções religiosas tradicionais foi um desafio ao status quo, o que o torna um Jesus do povo que se alinha com a ideia de Jesus pregador periférico. O seu legado continua a inspirar movimentos sociais, como a Educafro, fundada por Frei David Santos, que tem trabalhado para colocar mais de 100 mil jovens negros e pobres no ensino superior, perpetuando a mensagem de Jesus de justiça social e igualdade.
Origem camponesa, vida de Jesus e poder político-romano
Jesus é uma figura que emerge das periferias. Ao ler os relatos da vida de Jesus, é perceptível que ele raramente entrou em cidades, exceto em Jerusalém, e apenas para sofrer. André Leonardo Chevitarese, professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), observa que Jesus era itinerante e sempre encontrava problemas ao visitar sinagogas, sendo eventualmente expulso ou mal interpretado. No entanto, ao visitar o palácio, ele foi preso e julgado pelo governador Pilatos.
Jesus do povo, Jesus pregador periférico e Jesus e o poder político-romano
É interessante notar que Jesus raramente discursava para as classes dominantes. A única vez em que ele fez isso foi durante sua pregação no templo. Nas cidades, os poderosos cobravam altos impostos, e Jesus, ao contrário, se sentia em casa nas periferias. Frei David dos Santos, franciscano e fundador da rede de cursinhos Educafro, lembra que, semelhante à época de Jesus, muitos religiosos e sacerdotes estão mais preocupados com o status político e econômico do que com o bem-estar do povo.
Jesus pregador periférico, poder político-romano e Jesus de origem camponesa
André Chevitarese descreve Jesus como uma pessoa de origem camponesa e afirma que o melhor retrato da vida de Jesus que os pesquisadores conseguiram criar é de alguém que nasceu em meio ao povo, na periferia. A época em que Jesus viveu estava marcada por opressão e revolta, com os camponeses liderados por Judas, o Galileu, invadindo a cidade de Séforis e queimando as dívidas com os proprietários de terra.
Jesus, homem do povo das periferias, vida de Jesus e poder político-romano
Profetas como Jesus eram marginalizados e pertenciam a uma classe social inferior. Eles eram vistos como ‘alguém que não tinha higiene, dormia ao relento e não podia seguir os rituais de pureza do judaísmo’, como descreve o padre Júlio Lancellotti. No entanto, ao contrário da visão comum de Jesus como um homem do povo, muitos consideram que sua vida foi marcada por momentos de aumento de poder político-romano.
Jesus pregador periférico, origem camponesa e poder político-romano
Quando Jesus entrou no templo, ele usou assertividade para impedir que as pessoas fizessem vendas, mostrando sua postura ao lidar com o poder político-romano. A ideia de que Jesus era um pregador periférico e que sua vida foi marcada por momentos de origem camponesa é uma visão que muitos pesquisadores defendem. No entanto, a relação entre Jesus e o poder político-romano é complexa e precisa ser analisada com cautela.
Fonte: @ Terra
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