Desentendimento em audiência virtual após pedido de transcrição de laudo médico obstétrica considerado ilegível, violando direito do paciente.
Uma discussão intensa ocorreu durante uma audiência virtual no Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ/MA), envolvendo a juíza Ana Maria Almeida Vieira, da 6ª vara da Fazenda Pública, e a advogada Ruth Rodrigues. A questão central girava em torno de um caso de violência obstétrica, onde a advogada solicitou a transcrição de um laudo médico devido à sua inelegibilidade para realizar a tarefa.
A juíza Ana Maria Almeida Vieira, uma magistrada experiente, demonstrou irritação com o pedido da advogada, o que gerou uma discussão acalorada entre as duas. A falta de compreensão sobre a importância da transcrição do laudo médico foi um dos pontos de discordância. A juíza, no entanto, manteve sua posição, enquanto a advogada insistiu em sua solicitação. É importante notar que, em casos semelhantes, o juiz deve considerar a necessidade de transparência e justiça, garantindo que todos os envolvidos tenham acesso às informações necessárias.
Episódio de Conflito em Audiência Virtual
Durante uma audiência virtual, uma magistrada não percebeu que a câmera e o áudio estavam ligados e expressou sua frustração, dizendo: ‘Poxa, eu estou perdendo meu tempo, podia estar fazendo tanta coisa’. Isso ocorreu após uma discussão com uma advogada sobre a transcrição de um laudo médico que estava ilegível e continha ‘partes impossíveis de serem compreendidas’.
A juíza havia concedido um prazo de cinco dias para a advogada formalizar o pedido por escrito, mas a advogada preferia fazer o pedido oralmente para não prolongar o processo. A juíza negou o pedido, o que levou a uma discussão acalorada.
A advogada argumentou que a transcrição do prontuário era um direito do paciente e que estava surpresa com a resistência da juíza em conceder esse direito. A juíza, por outro lado, alegou que a advogada estava causando um ‘bafafá’ desnecessário e que conduzia a audiência de forma correta.
Reação da Advogada após a Audiência
Após a audiência, a advogada expressou sua indignação em uma postagem nas redes sociais, afirmando que nunca havia sido tão destratada em 18 anos de advocacia. Ela defendeu seu direito de defender a cliente e criticou a hierarquia entre juiz, advogado e procurador, afirmando que ‘pela constituição, não existe hierarquia entre juiz, advogado e procurador. Na prática, a gente que lute’.
A advogada também destacou a importância do direito do paciente à transcrição do prontuário e criticou a resistência da juíza em conceder esse direito. A discussão entre a juíza e a advogada destaca a importância da comunicação eficaz e do respeito mútuo em processos judiciais, especialmente em casos que envolvem direitos fundamentais, como o direito à saúde e à informação.
Fonte: © Migalhas
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