A CLT precisa de atualização para lidar com o arcabouço de leis esparsas e judicialização excessiva especificamente na profissão.
A Consolidação das Leis do Trabalho visa harmonizar as leis esparsas no Brasil, mas a complexidade do ramo requer constantes atualizações. É preciso encontrar um equilíbrio entre a estabilidade oferecida por esse arcabouço e a necessidade de ajustes para tornar mais eficiente o sistema trabalhista.
O arcabouço trabalhista é fundamental para estabelecer parâmetros gerais, mas também é essencial criar leis específicas para responder às necessidades de cada profissão. Essa é a razão pela qual a Consolidação das Leis do Trabalho precisa ser constantemente atualizada. Isso ajudará a prevenir a judicialização excessiva do campo do trabalho e garantir que as leis sejam mais eficazes no seu objetivo de proteger os trabalhadores e promover o bem-estar social.
Leis esparsas e consolidadas
Em entrevista à série Grandes Temas, Grandes Nomes do Direito, o ministro Sergio Pinto Martins, do Tribunal Superior do Trabalho, deixa claro que as leis esparsas são um problema que precisa ser enfrentado pelo arcabouço trabalhista. Ele argumenta que o que se vê é uma falta de estruturação do direito do trabalho, com leis esparsas e um arcabouço trabalhista que precisa ser consolidado.
‘Nada impede que existam as leis esparsas, como a lei de representante comercial, por exemplo. Poderia existir uma lei específica para essa profissão numa questão trabalhista, como ocorre na Espanha, onde possui um estatuto dos trabalhadores autônomos. No entanto, o que se vê é uma falta de estruturação do direito do trabalho, com leis esparsas e um arcabouço trabalhista que precisa ser consolidado’, diz ele.
O ministro destaca que o problema não é apenas a existência de leis esparsas, mas também a falta de uma estruturação do direito do trabalho. Ele afirma que a profissão exige um arcabouço mais sólido, com leis que sejam aplicadas de forma uniforme e justa.
‘A profissão exige um arcabouço mais sólido, com leis que sejam aplicadas de forma uniforme e justa. Isso é fundamental para garantir a estabilidade e a justiça no mundo do trabalho’, argumenta.
O ministro também destaca que a judicialização excessiva é um problema que precisa ser enfrentado. Ele afirma que o TST enfrenta um acúmulo de processos sem precedentes e que a solução para esse problema é a atualização do arcabouço trabalhista.
‘O TST enfrenta um acúmulo de processos sem precedentes. A solução para esse problema é a atualização do arcabouço trabalhista, com leis que sejam claras e justas, e que permitam a resolução de conflitos de forma rápida e eficaz’, afirma.
O ministro também destaca que a reforma trabalhista teve um impacto negativo na Justiça do Trabalho. Ele afirma que, a princípio, houve uma diminuição das reclamações, mas que, após a decisão do Supremo Tribunal Federal, houve um crescimento no número de reclamações.
‘A reforma trabalhista teve um impacto negativo na Justiça do Trabalho. A princípio, houve uma diminuição das reclamações, mas que, após a decisão do Supremo Tribunal Federal, houve um crescimento no número de reclamações. Isso é um problema que precisa ser enfrentado’, afirma.
Em resumo, o ministro Sergio Pinto Martins destaca a importância de consolidar as leis e do arcabouço trabalhista, para garantir a estabilidade e a justiça no mundo do trabalho. Ele também destaca a judicialização excessiva e a necessidade de atualizar o arcabouço trabalhista para resolver conflitos de forma rápida e eficaz, além de criticar a reforma trabalhista que teve um impacto negativo na Justiça do Trabalho.
Fonte: © Conjur
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