Não estou feliz com a jornada-de-sua-personagem. A direção-que-o-fizeram-tomar foi difícil. Faltava liberdade-no-set. Eu sou fã do personagem-de-quem-gosto-tanto e agora ele está no rumo-do-personagem errado.
Lucas Bravo, o ator que interpretou Gabriel na série ‘Emily em Paris’ da Netflix, tem estado debatendo a possibilidade de retornar ao personagem. Em uma entrevista, o ator revelou suas reflexões sobre a jornada de Gabriel e abordou o tema da liberdade em sua atuação.
Lucas Bravo se manifestou sobre a liberdade de expressão em sua atuação como Gabriel e como essa liberdade se relaciona com a liberdade do grau de complexidade do personagem. Além disso, ele também se mostrou ‘frustrado’ com o desenvolvimento da história de Gabriel ao longo da série.
Foco em sua jornada-de-sua-personagem: o que motiva
O astro de ‘Emily em Paris’ compartilha suas reflexões sobre a direção da série e sua própria personagem, Gabriel. Ele revela que, inicialmente, o personagem fazia parte de sua identidade, mas com o tempo, deixou de ser um desafio criativo devido à falta de liberdade no set. ‘Não podemos mudar uma palavra ou emoção, eles sabem o que querem e nós temos de obedecer’, ele ressalta. Nesse contexto, o termo ‘grau’ ganha relevância. ‘À medida que tornaram [Gabriel] inconsciente do que o rodeava, sempre como vítima, alheio a tudo, sendo manipulado por todos, deixou de ser divertido para mim ver um personagem de quem gosto tanto ser lentamente transformado em guacamole’, desabafou Bravo. Sua frustração em relação ao enredo da série, que prefere manter a ‘safra’, contrasta com sua profunda conexão com a personagem. Essa tensão encontra eco na descrição de Gabriel: ‘três temporadas dele melancólico, triste, deprimido e perdido não tem mais graça’ e na afirmação de que ‘Quero ver se o Gabriel volta a ser divertido, atrevido, brincalhão e vivo’. O astro também compartilha sua opinião sobre a repercussão da série e a reação do presidente da França, Emmanuel Macron, que ‘reforçou sua intenção de ‘lutar para que a personagem permaneça na capital francesa”. A abordagem de Macron em usar plataformas sociais, como Instagram e YouTube, para se conectar com a audiência, é vista como uma característica inovadora, mas que também coloca pressão sobre a série para seguir em uma ‘direção’ específica. Sua frase, ‘O Presidente também grava com Instagrammers e YouTubers. Ainda reagimos a isto como se ele fosse uma figura inacessível’, revela sua percepção sobre a mudança na relação entre a elite e o público.
Fonte: @ Hugo Gloss
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