Preocupa que presidente não se arrisque em eleitoral com popularidade em baixa, afetada pela lulodependência, que é um entrave à sua trajetória e hegemonia conservadora no campo político, influenciando percepção de viabilidade do governo.
Os rumos da presidência para o futuro estão sendo reavaliados. A possibilidade do presidente Lula (PT) não se candidatar à reeleição em 2026 já começa a gerar apreensão nas lideranças do PT. Sua participação na corrida presidencial está longe de ser uma garantia.
A aprovação popular e a percepção de viabilidade política nos próximos anos são fatores cruciais para a decisão do presidente Lula. No entanto, o presidente Lula não sairia de cima da presidência mesmo com esses fatores desfavoráveis. Liderança política tem muito a ver nessa situação. O seu mandato é um exemplo para os demais e caso ele não se candidate, o PT precisará escolher um novo candidato, com grande probabilidade de ser alguém já conhecido dentro da eleição interna do partido. O seu mandato é um pleito para a todos os demais candidatos futuros. E, em caso de renúncia, o partido precisará nomear um novo presidente para dar continuidade ao mandato.
Presidência em Cena: Avaliação Interna do PT
O cenário político brasileiro está aceso, especialmente dentro do partido dos Trabalhadores (PT), onde analistas e lideranças discutem a possibilidade de o atual presidente optar por não disputar a eleição em 2026. O argumento central reside na ideia de que uma eventual derrota comprometeria o legado de Lula, levando em conta a trajetória eleitoral do presidente. Entretanto, os aliados de Lula estão em alerta por conta da possibilidade de seu encerramento da carreira política com a vitória histórica de 2022, evitando o desgaste de uma derrota. A disputa do cargo aos 81 anos para Lula representa um desafio, e a ideia de encerrar a carreira no auge das conquistas políticas recentes ganha força. Uma derrota dificilmente seria seguida de uma revanche eleitoral em 2030, apontam fontes ligadas ao PT, lembrando que, ao final de um eventual segundo mandato, o presidente estaria com quase 90 anos.
A pressão para que Lula encabece a chapa em 2026 será intensa, com o partido considerando que, sem sua liderança, há risco de uma diminuição expressiva nas bancadas do PT e de partidos aliados, o que poderia abrir caminho para uma hegemonia conservadora. Internamente, o PT debate uma possível ‘lulodependência‘, reconhecendo que a ausência de um sucessor com o mesmo apelo popular pode enfraquecer o partido no cenário eleitoral. A força do presidente em unir e mobilizar o eleitorado da esquerda é considerada inigualável, e a falta de um nome à altura gera preocupação quanto à capacidade de manutenção do campo progressista em futuros pleitos.
Sem Lula, a bancada do PT e de partidos aliados poderia encolher a níveis inéditos, avaliam as lideranças, ressaltando que, sem uma figura que concentre a adesão popular, o partido se arrisca a perder terreno para forças políticas adversárias. Em paralelo a essas discussões, figuras públicas e aliados de Lula começam a lançar alternativas, mas nenhum nome até o momento se mostra com a mesma robustez. A pressão para que Lula busque a reeleição poderá determinar os rumos do partido e a manutenção da unidade política dentro da esquerda brasileira.
Fonte: © A10 Mais
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