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Lula critica presidente do BC sobre a taxa Selic. Autonomia do Banco Central em foco após manutenção da taxa em 10,5% ao ano.
O ex-presidente Lula (PT) expressou sua insatisfação com a última determinação do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, descrevendo-a como ‘lamentável’ e mencionando o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, como ‘esse indivíduo’.
Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente, criticou a postura do presidente do Copom em relação às recentes medidas econômicas, destacando a necessidade de mais diálogo e transparência nas decisões financeiras do país. Lula reiterou sua preocupação com o impacto dessas políticas na população mais vulnerável, enfatizando a importância de uma abordagem mais inclusiva e equitativa.
Lula critica postura do Banco Central e decisão do Copom
Durante uma entrevista à rádio Verdinha, de Fortaleza, no Ceará, nesta quinta-feira (20), Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente da República, fez críticas públicas ao Banco Central e à postura de Campos Neto. Esta foi a segunda vez na semana que Lula abordou esse tema. Na reunião do Copom na quarta-feira (19), decidiu-se, de forma unânime, manter a taxa Selic em 10,50% ao ano, interrompendo o ciclo de cortes que vinha ocorrendo.
Lula ressaltou que, embora o presidente da República não interfira tradicionalmente nas decisões do Copom, ele questiona a autonomia do Banco Central, estabelecida durante o governo de Jair Bolsonaro. ‘Foi uma pena que o Copom tenha mantido [a taxa Selic], porque quem está perdendo com isso é o Brasil, é o povo brasileiro. Quanto mais pagarmos de juros, menos dinheiro teremos para investir aqui dentro’, criticou Lula.
Além das questões econômicas, o ex-presidente também abordou os investimentos em universidades e a greve dos servidores do setor, que já dura três meses. Lula destacou os esforços do governo em oferecer reajustes salariais e benefícios aos trabalhadores, ressaltando a importância do reconhecimento das propostas já feitas.
As paralisações nas universidades federais, que começaram em março com os técnicos administrativos e se estenderam aos professores em abril, têm como reivindicações a reestruturação de carreira, recomposição de salários e aumento do orçamento para a educação. O governo já ofereceu entre 28% e 43% de reposição salarial e um reajuste antecipado de 9% no ano passado, mas Lula lamentou a falta de reconhecimento por parte dos grevistas.
Lula reiterou a disposição do governo para negociações e criticou a alta taxa de juros e a falta de autonomia do presidente do Banco Central em uma entrevista à rádio CBN. A decisão do Copom de manter a taxa Selic foi apoiada unanimemente, incluindo os votos dos quatro indicados por Lula no Banco Central.
Fonte: @ JC Concursos
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