Estudo da CVM revela que a maioria dos investidores utiliza bancos e corretoras, aumentando a diversificação e buscando investimentos com qualidade, poupar e conhecimento financeiro.
Um estudo da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) revelou que 58% dos investidores acreditam que o mercado é complexo demais para iniciantes entenderem, apesar de ser um segmento em constante crescimento no Brasil.
Com mais de 714 investidores pessoas físicas participando da pesquisa, a CVM trouxe à tona a necessidade de aprimorar a forma como as informações financeiras são divulgadas para o público em geral, facilitando o acesso e a compreensão dos investidores iniciais. Além disso, o estudo destaca que o mercado ainda é mal compreendido por muitos, o que pode levar a decisões financeiras menos informadas.
O Mercado de Investimentos no Brasil
A maioria dos participantes do mercado de investimentos no Brasil pretende continuar investindo em produtos financeiros, com 87% dos entrevistados afirmando que o mercado oferece opções adequadas para seu perfil de investimento. Desta forma, a maioria (66%) dos investidores mantém posições em corretoras e bancos ao mesmo tempo, enquanto 23% investem apenas em corretoras e 10%, exclusivamente em bancos. É importante notar que a maioria dos entrevistados possui renda familiar declarada acima de R$ 15 mil, o que os coloca em uma faixa de renda relativamente alta.
Motivos para Escolher uma Corretora ou Banco
Os principais motivos para escolher uma corretora ou banco para investir incluem a qualidade dos serviços (60%), os custos e incentivos (52%) e a tradição da instituição (49%). Além disso, os investidores também consideram fatores como a aparência ou qualidade do site (14%), recomendações de familiares e amigos (11%), comentários na internet (8%), ações de marketing (6%) e a novidade da instituição (3%). É importante destacar que a maioria dos entrevistados aponta a qualidade dos serviços como o fator mais importante na escolha de uma corretora ou banco.
Diversificação dos Investimentos e Busca por Rentabilidade
Nos últimos 12 meses, a maioria dos investidores (55%) aumentou a diversificação dos investimentos e o interesse por finanças (53%). Metade dos entrevistados também elevou a busca por rentabilidade (50%). Além disso, 85% dos investidores afirmam estar preparados para lidar com imprevistos financeiros, embora 19% não estabeleça uma meta para poupar todo mês. Entre os que têm uma meta, o maior grupo (17%) poupa de 11% a 20% da renda todo mês.
Barreiras para Investir
Os investidores citam diversas barreiras para investir mais, incluindo a incapacidade de poupar mais (49%), falta de conhecimento financeiro (12%), custos de investir altos (8%) e atendimento ruim nas instituições (6%). Além disso, eles também mencionam a falta de alternativas de aplicações (5%), acesso limitado a informações sobre investimentos (5%) e investir ser um processo trabalhoso (3%).
Conhecimento Financeiro e Regulação
Embora os investidores demonstrem um entendimento básico de conceitos financeiros, eles têm dificuldade em compreender assuntos mais complexos, como o impacto dos juros sobre o preço dos títulos de renda fixa. Além disso, a maioria dos entrevistados (59%) acredita que as normas de regulação da CVM aumentam a eficiência do mercado, mas 56% acha que a CVM não inibe a prática de irregularidades e que é preciso ampliar o alcance das suas ações de educação. A maioria dos investidores (60%) não conhece os materiais de educação do regulador.
Perfil dos Investidores
O estudo identificou três perfis de investidores: arrojados, moderados e conservadores. A maioria dos entrevistados (50%) se identifica com o perfil de investidor arrojado, seguido por moderados (37%) e conservadores (11%). Os arrojados e moderados poupam mais que os conservadores, com os arrojados poupando de 21% a 30% da renda todo mês e os moderados poupando de 11% a 20%.
Objetivos para Investir
O objetivo para investir difere conforme o perfil. A maioria dos conservadores (60%) investe para ter uma reserva de emergência, enquanto a maioria dos moderados (65%) investe para a aposentadoria. Já a maioria dos arrojados (80%) investe para viver de renda.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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