O sapo-cururu do Grupo de Estudos de Animais Silvestres estava debilitado após cirurgia no Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo, mas não resistiu aos exames realizados, incluindo um raio-X.
Uma notícia triste marca o início da semana: o sapo-cururu fêmea, encontrada com a boca colada no Rio Grande do Sul, não resistiu aos maus-tratos sofridos. A pobre criatura precisou passar por cirurgia no Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo (UPF) para tentar salvar sua vida.
Infelizmente, a recuperação do sapo foi impossível devido aos ferimentos graves causados pelos maus-tratos. Maus-tratos como esses não são apenas cruéis, mas também refletem uma falta de respeito pela vida de todos os seres vivos. A sociedade como um todo deve se unir para combater esse tipo de abuso, garantindo que os animais sejam tratados com dignidade e respeito. O ritual de crueldade com animais deve ser interrompido, e a justiça deve ser feita. A memória da pobre sapo-cururu será um lembrete da importância de proteger os animais de maus-tratos e garantir que esses casos sejam cada vez mais raros.
Denúncia de maus-tratos a sapo-cururu desperta suspeita de rituais
Em Passo Fundo, no estado do Rio Grande do Sul, uma equipe de veterinários da Universidade da Região de Passo Fundo (UPF) realizou um trabalho arrojado para salvar a vida de um sapo-cururu que havia sido encontrado com a boca colada com cola adesiva. A situação foi denunciada ao Ministério Público, que investigará a prática de maus-tratos alegada contra o dono do animal. O caso é considerado uma forma de ritual, que também foi verificada em outras cidades, mas pela primeira vez em Passo Fundo.
Segundo a professora Micheli Ataíde, coordenadora do Grupo de Estudos de Animais Silvestres (Geas) da UPF, o sapo-cururu havia sido localizado por uma moradora do bairro São Cristóvão e levado à equipe veterinária da universidade. Ao chegar ao hospital, o animal apresentava um estado bastante debilitado, com a boca colada e objetos no estômago. A equipe veterinária realizou exames e constatou a presença de um corpo estranho no estômago, o que levou a uma cirurgia para desobstrução. Após a retirada da cola, a equipe de veterinários realizou exames e constatou, por meio de raio-X, a presença de um corpo estranho no estômago.
O animal havia ficado cerca de três dias com a boca colada, apresentando sinais de desnutrição e desidratação. Em seguida, iniciou-se o processo de remoção da cola, que levou cerca de 18 horas. Após a retirada da cola, a equipe de veterinários realizou exames e constatou, por meio de raio-X, a presença de um corpo estranho no estômago. Assim, o sapo precisou passar por uma cirurgia para desobstrução.
‘Avaliamos assim que chegou. Precisamos, antes de tudo, hidratar ela. Então, sedamos para conseguir abrir a boca e tirar a cola. Contudo, quando retiramos a cola, percebi que a boca estava bem machucada. Fizemos um raio X e constatamos que o estômago dela estava compactado, sendo necessária a cirurgia’, explicou Micheli.
Segundo Micheli, cirurgias do trato digestório possuem um risco maior, já que a abertura desses órgãos possui bactérias que podem gerar uma infecção importante, até generalizada. ‘Com recursos médicos, o emprego de antibióticos e acompanhamento intensivo, os riscos são minimizados e acompanhados de perto. Porém, infelizmente, não foram suficientes para salvar a vida do animal’, disse.
O caso foi denunciado ao Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), que investigará a situação. Segundo o promotor de Justiça do Meio Ambiente da cidade, Paulo Cirne, ‘é uma forma de ritual, situação já verificada em outras cidades, mas pela primeira vez em Passo Fundo. Uma prática considerada maus-tratos, já que o animal, se não fosse atendido, iria a óbito. Então, o MPRS vai averiguar a situação’. Cirne ressaltou que com a morte do anfíbio, a penalidade é agravada.
Nesse caso, a punição pode ser aumentada em um intervalo que varia de 1/6 a 1/3 da pena originalmente prevista. A investigação é feita em parceria com o Grupo de Estudos de Animais Silvestres (Geas) da UPF e com a fiscalização do Ministério Público.
Fonte: @ Terra
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