Multinacionais adiam investimentos devido à reforma do Poder Judiciário que prevê eleição direta para juízes, violando tratado com EUA e Canadá.
Uma grave crise institucional está se aproximando do México, com a provável aprovação de uma controversa reforma do Poder Judiciário pelo Congresso, o que está levando empresas multinacionais a congelar US$ 35 bilhões em investimentos no país e colocar em risco a renovação do tratado de livre-comércio entre México, Estados Unidos e Canadá, em 2026.
Essa mudança no sistema judiciário mexicano pode ter consequências graves para a economia do país, pois pode afetar a confiança dos investidores estrangeiros e levar a uma alteração nos fluxos de investimento. Além disso, a reforma do Poder Judiciário também pode ter um impacto significativo na modificação das relações comerciais entre o México e seus principais parceiros comerciais, como os Estados Unidos e o Canadá. A incerteza é grande e o futuro é incerto.
Reforma no México: Mudanças no Sistema Judiciário
A reforma do sistema judiciário é uma das principais medidas que o presidente Andrés Manuel López Obrador está tentando implementar em seu último mês de mandato, antes de passar o cargo para Claudia Sheinbaum, vitoriosa nas eleições de junho. A reforma prevê a substituição de 1.700 juízes e magistrados federais, incluindo juízes do Supremo Tribunal mexicano, por meio de eleição direta.
A proposta tem preocupado os investidores estrangeiros, que temem que a reforma possa levar ao controle do Judiciário pelo Executivo, pois cabe ao governo aprovar os candidatos que vão concorrer aos cargos na Magistratura. Além disso, a reforma também afetaria os tribunais trabalhistas sob o USMCA e violaria as disposições do tratado que exigem magistrados independentes.
Reforma e Investimentos Estrangeiros
A reforma do Judiciário é uma ameaça à estratégia de nearshoring dos EUA, que visa criar uma cadeia de suprimentos alternativa à China do outro lado da fronteira. A Câmara Americana de Comércio do México afirma que a reforma violaria os acordos de livre-comércio do país e afetaria os investimentos estrangeiros no México.
O presidente Andrés Manuel López Obrador não negou que a reforma foi concebida para encerrar ‘uma era de proteção’ do sistema judiciário mexicano às empresas estrangeiras. ‘Será que vão continuar defendendo as empresas estrangeiras que vêm saquear, roubar e afetar a economia dos mexicanos?’, questionou o presidente.
Risco de Rompimento Diplomático
Muitas empresas multinacionais já haviam anunciado o congelamento de seus planos de investimentos à espera da eleição americana, pois uma vitória do republicano Donald Trump pode levar a um rompimento diplomático entre os dois países. Com o resultado da eleição geral de junho, o pessimismo em relação à reforma do Judiciário aumentou.
A reforma do sistema judiciário é uma mudança significativa que pode ter consequências importantes para o México e seus investidores estrangeiros. A alteração do sistema judiciário pode levar a uma modificação na forma como os juízes são escolhidos e pode afetar a independência do Judiciário. A modificação da reforma pode ser um passo importante para o México, mas também pode ter consequências negativas para os investidores estrangeiros.
Fonte: @ NEO FEED
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