Indígenas das unidades básicas de saúde indígena, equipes de saúde e ações assistenciais em polos base de saúde indígena, centro de operação de emergências, distrito sanitário especial, contribuem para redução da mortalidade.
A recuperação dos Polos Base no território Yanomami pelo Ministério da saúde representa um avanço significativo na prestação de serviços públicos para a comunidade indígena. Com a entrega de 7 novos Polos Base, a região de Kayanaú, Homoxi, Hakoma, Ajaraní, Haxiú, Xitei e Palimiu está em condições de oferecer atendimento de qualidade aos seus habitantes.
A abertura desses novos Polos Base permitiu que 5.200 indígenas fossem atendidos de maneira adequada, reduzindo drasticamente o déficit na oferta de saúde. Isso demonstra a importância da expansão dos serviços de saúde para a comunidade Yanomami, garantindo que as necessidades básicas dos indígenas sejam atendidas.
Reabilitação da Rede de Saúde em Terras Indígenas
No início de 2023, os serviços de saúde nos Distritos Sanitários Especiais Indígena (Dsei) Yanomami e Yekuana estavam gravemente comprometidos devido ao garimpo ilegal e à destruição das estruturas de saúde na região. Com a reabertura, as equipes de saúde puderam retornar a essas localidades, garantindo assistência contínua e vigilância. Essas informações estão detalhadas em um relatório atualizado do ministério – o Informe 6 do Centro de Operação de Emergências (COE) Yanomami, publicado em 9 de janeiro.
O documento apresenta uma análise comparativa dos seis primeiros meses de 2023 e 2024. O relatório destaca que a pasta construiu 6 novas Unidades Básicas de Saúde Indígena (UBSIs) entre abril e junho de 2024, totalizando 40 UBSIs em funcionamento no território indígena. Essas unidades viabilizam a execução direta dos serviços de atenção à saúde e saneamento.
As aldeias também passaram a contar com 1.759 profissionais, quase o triplo do que havia no início de 2023. Entre esses profissionais, estão cirurgiões-dentistas, médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas e agentes de combate às endemias (ACEs). A ampliação da rede de saúde resultou no aumento da cobertura de vigilância alimentar e nutricional em crianças menores de 5 anos, que passou de 5.997 para 6.084.
Isso permitiu maior captação de crianças com déficit nutricional, possibilitando diagnósticos qualificados e tratamentos oportunos, prevenindo o agravamento da desnutrição. De janeiro a junho de 2023, 90 pessoas foram recuperadas de déficit nutricional nos estabelecimentos de saúde; no mesmo período de 2024, esse número mais que dobrou – subiu para 196.
Fortalecimento da Rede de Saúde
A melhoria também se refletiu na vacinação. O número de doses aplicadas cresceu 58%, passando de 16.845 no primeiro semestre do ano passado para 26.741 no mesmo período deste ano. O combate à malária também foi intensificado. A doença, de fácil diagnóstico, é um desafio para a população indígena, que antes não tinha acesso regular a serviços de saúde. Com a reabertura dos polos, o número de exames realizados no primeiro semestre de 2024 (136.282) aumentou 73% em comparação ao mesmo período de 2023 (78.777).
Assim, os casos notificados subiram de 14.450 para 18.310 em 2024. A ampliação da presença de profissionais de saúde no território indígena também permitiu intensificar a busca ativa, monitorar casos e ampliar atendimentos a pacientes com infecção respiratória aguda (IRA). No primeiro semestre de 2024, os atendimentos cresceram 268% em relação a 2023, passando de 3.113 para 11.484.
O aumento também se deve ao surto de infecção respiratória registrado no Amazonas e em Roraima no início deste ano. A taxa de letalidade por síndromes respiratórias caiu de 1,3% no primeiro semestre de 2023 para 0,2% no mesmo período de 2024. Água potável, logística e internet são fundamentais para a continuidade dos serviços de saúde, e a dificuldade de acesso a esses recursos compromete a eficácia das ações assistenciais.
Desafios e Oportunidades
A reabilitação da rede de saúde em terras indígenas enfrenta desafios significativos, como a garantia de acesso à água potável, logística e internet. No entanto, a ampliação da rede de saúde e a intensificação dos serviços de atenção à saúde e saneamento permitem a execução direta dos serviços de saúde e o aumento da capacidade de resposta às necessidades da população indígena. Essas melhorias garantem assistência contínua e vigilância, melhorando a qualidade de vida e a saúde da população indígena.
Fonte: @ Ministério da Saúde
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