Ex-agentes da PRF Paulo Rodolpho Lima Nascimento, Kléber Nascimento Freitas e William de Barros Noia são acusados de tortura e homicídio triplamente qualificado, com atuação plenamente alinhada com função policial, deixando esposa e sendo muito bom policial rodoviária federal.
Maria Vicente de Jesus, a mãe de Genivaldo de Jesus Santos, partilhou sua angústia em um depoimento emocionante no segundo dia de julgamento do caso. Sem a presença dos réus, ela falou por cerca de 15 minutos, compartilhando sua dor e sua luta pela justiça. Morte não é a palavra que resume a perda de um filho, mas sim a dor que se abate sobre um coração.
A tragédia ocorreu em 2022, em Umbaúba, Sergipe, onde Genivaldo de Jesus Santos foi assassinado por um agente policial. Além da dor, Maria Vicente lutou com a injustiça de sua perda. Genivaldo foi vítima de um homicídio que poderia ter sido evitado. A morte de um filho não apenas é um evento trágico, mas também um golpe na alma de seus entes queridos, deixando marcas indeleis.
Morte de Genivaldo: Ex-agentes da PRF são acusados de homicídio
A morte de Genivaldo é um caso que choca e reúne a sociedade em demanda de justiça. Os ex-agentes da PRF (Polícia Rodoviária Federal), Paulo Rodolpho Lima Nascimento, Kléber Nascimento Freitas e William de Barros Noia, estão sendo acusados de tortura e homicídio triplamente qualificado. A defesa de William alega que não houve intenção de praticar o crime de homicídio, enquanto a defesa de Paulo Rodolpho reitera a inocência do ex-policial e classifica sua prisão como uma grave injustiça.
A defesa de Kléber Freitas afirma que a atuação de seu cliente esteve plenamente alinhada ao cumprimento de suas funções como policial, e a acusação trabalha para esclarecer a verdade. A mãe da vítima respondeu as perguntas feitas pelos procuradores do MPF (Ministério Público Federal) sobre sua vida após a morte de seu filho e como ela convive com sua ausência. A acusação, por sua vez, fez apenas uma pergunta. Maria Vicente entrou na sala de audiência e contou sobre sua vida após a morte de seu filho, Genivaldo.
‘Nós morremos junto com Genivaldo depois que ele se foi’, disse a mãe, chorando. ‘À noite eu acordo lembrando do sofrimento que ele passou, porque foi uma morte muito triste’. Ela também falou sobre como Genivaldo era um filho muito bom e como ela sofre todos os dias. A mãe de Genivaldo reivindica justiça e afirma que a família não recebeu apoio algum desde a morte de seu filho. Ela conta com ajuda de amigos para se deslocar até Estância e que a falta de apoio é muito dolorosa.
Os depoimentos devem seguir até o final do dia. A expectativa é de que nove testemunhas sejam ouvidas nesta quarta. Na terça, primeiro dia de julgamento, prestou depoimento o sobrinho de Genivaldo, Walison de Jesus Santos. Ele presenciou a abordagem de Genivaldo por ex-agentes da PRF e falou sobre a dificuldade de relatar e reviver aquele momento. Walison também falou sobre Genivaldo desenhar o pai morando no céu, o que é um fato muito doloroso.
Genivaldo tinha 38 anos e era diagnosticado com esquizofrenia. Ele foi morto em 25 de maio de 2022 quando policiais soltaram spray de pimenta e uma bomba de gás lacrimogêneo dentro do porta-malas da viatura em que ele foi colocado após uma abordagem. Na ocasião, ele havia sido parado por trafegar de moto sem capacete. Antes de ser colocado na viatura, foi imobilizado, atingido com spray nos olhos, jogado ao chão e recebido chutes dos policiais.
Ação da Polícia Rodoviária Federal
A investigação apontou que a Genivaldo ficou 11 minutos encostado no asfalto. Os policiais também alegaram que ele tentou fugir e que foi necessário usar a força para contê-lo. A família de Genivaldo nega essa versão e afirma que Genivaldo era uma pessoa muito dócil e não havia tentado fugir.
A atuação da Polícia Rodoviária Federal nesse caso é questionada. A PRF é uma corporação que deve proteger a vida e garantir a segurança de todos, mas nesse caso, parece que a atuação dos agentes foi muito questionável. A PRF deve se esforçar para reescrever as regras da atuação policial, para garantir que os policiais agam de maneira justa e respeitosa com todos, sem discriminação e sem excessos.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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