Movimentos da sociedade civil reconheçam suas histórias na construção coletiva.
Redes territoriais e digitais contem suas histórias na arte da coletividade.
O Mapa Colaborativo dos Movimentos Sociais em Saúde amplia o debate.
O evento reuniu representantes de movimentos sociais, como a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), o Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Rio de Janeiro (Sinserj) e a Fórum Brasileiro de Soberania Alimentar e de Segurança Alimentar e Nutricional (FBSSAN), além de outros movimentos sociais, civis, populares e comunitários, para discutir prioridades para o SUS.
Durante a roda de conversa, os movimentos sociais fizeram uma crítica à gestão do SUS durante o período de pandemia da COVID-19 e destacaram a importância da continuidade da participação social no processo de definição das prioridades do SUS, garantindo que os movimentos sociais continuem a ser ouvidos e representados no processo de tomada de decisões. A APIB destacou a importância da participação social na definição das políticas de saúde, especialmente para os povos indígenas, e destacou a necessidade de ações específicas para garantir a saúde dessas populações.
Construindo um SUS Participationário
Na agenda da sociedade, o Mapa Colaborativo dos Movimentos Sociais em Saúde busca articular redes territoriais e digitais, fortalecendo a participação social na construção coletiva de políticas públicas de saúde.
A ministra Nísia Trindade ressaltou a necessidade de avançar em práticas coletivas, em um governo que valorize a diversidade e o conhecimento coletivo. ‘É preciso construir um governo que traga práticas de mão única, mas que reforcem o caminho coletivo’, declarou.
O MapaMovSaúde, lançado em setembro, é uma plataforma que reúne movimentos sociais, entidades populares e organizações da sociedade civil para compartilhar histórias, memórias e identidades. Atualmente, o Ministério da Saúde já conta com cerca de 500 movimentos cadastrados.
‘É um momento de apontar reivindicações, trocar experiências e construir coletivamente. É um espaço de aprendizado’, disse a ministra Nísia, enfatizando a importância do movimento social na construção do SUS.
O objetivo do Mapa Colaborativo é defender a democracia participativa e os direitos humanos, destacando a importância dos movimentos sociais na construção de políticas públicas de saúde. É uma ferramenta digital coletiva que integra tecnologia e participação social para dar protagonismo aos movimentos sociais e conectar as demandas da sociedade com as políticas públicas.
Fernanda Magano, do Conselho Nacional de Saúde, destacou a importância da construção do mapa colaborativo para organizar os movimentos sociais nos espaços de controle social. ‘É uma ferramenta para ampliar o conhecimento da pauta e garantir vida e vida de qualidade para a população’, disse.
Lúcia Souto, chefe da Assessoria de Participação Social e diversidade do Ministério da Saúde, enfatizou que o G20 Social é uma marca do governo do presidente Lula, que dá voz e vez à população em uma construção integrada e perene.
Rodrigo Murtinho, diretor do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (ICICT/Fiocruz), defendeu a importância dos movimentos sociais na saúde, destacando que eles estão ampliando participação na saúde. ‘Esse espaço é de reconhecimento do controle social, de articulação. Por meio do MapaMovSaúde, estamos usando informação e tecnologia a favor de políticas sociais’, disse.
Hermano Castro, vice-presidente de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), reforçou que o SUS nasceu dos movimentos sociais e fez uma análise da importância da participação social na construção do SUS. ‘O SUS é um sistema de saúde que nasceu dos movimentos sociais e que é fundamentalmente baseado na participação social’, disse.
Fonte: @ Ministério da Saúde
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