Pesquisa revela que 94% dos especialistas consideram os vírus a maior ameaça para novos surtos, patógenos virais podem se espalhar rapidamente em decorrência de mudanças climáticas, levando a doenças transmitidas e emergentes, infecciosas.
Em estudo recente, a Abbott Pandemic Defense Coalition apontou o risco de futuras pandemias, desafiando a capacidade de resposta global. Com foco em ameaças virais emergentes, a rede global de especialistas de saúde monitora a evolução de surtos e epidemias em todo o mundo.
Os especialistas em doenças infecciosas expressaram preocupações significativas em relação às pandemias futuras, alertando para a necessidade de preparação e vigilância constante. A Abbott Pandemic Defense Coalition continua a trabalhar em prol da prevenção e mitigação das pandemias. A desenvolvimento de vacinas eficazes é um dos principais objetivos para combater pandemias e epidemias.
Conhecendo os riscos em uma era de pandemia
A colaboração de 103 especialistas em doenças infecciosas e epidemiologia revelou que os patógenos virais são considerados a ameaça mais significativa para surtos em massa. Dentre os profissionais consultados, metade acredita que a inovação de infecções é o maior risco, enquanto a outra metade vê a mudança em doenças conhecidas, como a covid-19, como igualmente preocupante. A covid-19, por exemplo, mudou drasticamente o cenário global, destacando a importância de estar preparado para surtos de diferentes origens.
Auferindo a complexidade dos patógenos
Os especialistas estão unânimes em relação ao potencial dos patógenos virais para causar surtos de larga escala. Eles destacam que a transmissibilidade desses vírus, especialmente quando não há vacinas, tratamentos ou testes disponíveis, é o maior desafio. O resultado é que os especialistas apontam os vírus como a principal ameaça, com 94% dos especialistas indicando que eles têm o maior potencial para causar surtos de larga escala.
As mudanças climáticas e o surgimento de doenças
A pesquisa destaca a relação direta entre as mudanças climáticas e o aumento dos riscos de doenças infecciosas. A expansão das áreas de atuação de mosquitos devido ao aquecimento global é uma das principais preocupações dos especialistas. Como resultado, 61% apontaram os patógenos transmitidos por mosquitos, como dengue, zika e malária, como a maior ameaça futura.
Um mundo em movimento: migrações e riscos de epidemias
A migração de animais e humanos forçada por eventos climáticos é vista como um fator que agrava o risco de novas epidemias. As tempestades extremas, como inundações e furacões, foram vistas como ameaças importantes por 59,2% dos especialistas. Como resultado, a necessidade de monitorar como as mudanças climáticas afetam os fatores de risco para surto é uma preocupação crescente.
A preparação global: desafios e lacunas
Apesar de 90% dos entrevistados considerarem o mundo mais preparado do que antes da pandemia de covid-19, existem lacunas importantes a serem preenchidas. A desconfiança pública e a desinformação são consideradas a principal preocupação, seguidas pela falta de investimento em sistemas de teste de saúde pública e a incapacidade de identificar surtos rapidamente.
Fonte: @ Veja Abril
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