Com o retorno de Donald Trump à presidência dos EUA, empresas da indústria de mídia esperam um cenário mais favorável para realizar fusões e aquisições, que vinham sendo barradas, pois as transações complexas envolvendo seguradoras de TV a cabo, negócios de cabo de outras companhias, ainda requerem uma revisão mais detalhada.
Com a confirmação da vitória do candidato republicano Donald Trump na eleição presidencial dos Estados Unidos pouco mais de 24 horas atrás, uma mudança significativa está prestes a ocorrer no cenário político do país. A sua ascensão à presidência marca o início de um novo capítulo na história política dos Estados Unidos, trazendo consigo uma série de alterações que afetarão diretamente a política interna e externa do país.
A partir da próxima semana, uma troca de comando será realizada na Casa Branca, com Trump assumindo o cargo de presidente. Isso significará uma mudança de prioridades e uma abordagem diferente à gestão do país. Além disso, a mudança de comando também trará uma alteração significativa na estrutura de poder e nas relações internacionais. Como presidente, Donald Trump prometeu uma troca radical na forma como o país é governado, e é provável que ele busque implementar uma série de medidas que reflitam suas ideias e prioridades. Sendo assim, a expectativa é que a sua presidência seja marcada por muitos desafios e consequências imprevisíveis.
A Mudança é o Novo Rumo para a Indústria de Mídia nos Estados Unidos
A expectativa do setor de mídia nos Estados Unidos é de que a mudança no governo irá trazer um ambiente mais favorável às fusões e aquisições. Isso é o que projeta a reportagem do portal americano Axios, que vê essa mudança como uma oportunidade de consolidação para a indústria. As transações complexas, como as fusões e aquisições, têm sido vistas como uma forma de salvar empresas tradicionais do segmento, que enfrentam desafios estruturais.
No entanto, na administração de Joe Biden, esses acordos vêm encontrando fortes barreiras para serem concretizados. A presidente da Federal Trade Commission (FTC), Lina Khan, e o chefe da área de antitruste do Departamento de Justiça, Jonathan Kanter, têm sido os principais obstáculos para essas transações. Com a mudança de governo, é provável que Trump substitua os líderes das agências reguladoras, incluindo a FTC e o Departamento de Justiça.
Essa mudança pode trazer um ritmo de mudança e uma oportunidade de consolidação bem diferente, o que proporcionaria um impacto positivo e acelerado para a indústria. David Zaslav, CEO da Warner Bros. Discovery, afirmou que essa mudança pode trazer uma oportunidade de consolidação que é necessária para a indústria. A Warner Bros. Discovery é um dos players do setor que vinham avaliando a separação de seus negócios tradicionais de sua operação de streaming. No entanto, diante do cenário mais restrito, o grupo optou por vender ativos menores.
A Comcast também está considerando a alternativa de separar suas operações – os ativos de TV a cabo – em uma empresa listada. Isso poderia ser o destino para os negócios de cabo de outras companhias sob o governo de Trump. Outro negócio complexo que poderia ganhar sinal verde nesse cenário é a compra da Paramount pela Skydance. O bilionário Larry Ellison, fundador da Oracle e investidor da Skydance, é um apoiador de Trump.
No entanto, há indicativos de que esse contexto poderia não ser tão favorável aos acordos no setor. O Departamento de Justiça, por exemplo, passou dois anos tentando bloquear o acordo entre a AT&T e a Time Warner no primeiro mandato de Trump. Além disso, o vice-presidente eleito J.D. Vance tem se manifestado surpreendentemente a favor de Khan, o que pode indicar uma forte regulamentação antitruste, especialmente no que diz respeito às big techs.
Uma outra transação em curso que pode avançar para um final feliz sob o novo governo é o acordo entre a Paramount e a Skydance. Isso é um indicativo de que a mudança no governo pode trazer uma oportunidade de consolidação para a indústria de mídia nos Estados Unidos.
Fonte: @ NEO FEED
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