Investidores acompanham declarações de dirigentes do Banco Central, incluindo Roberto Campos Neto, sobre taxa, IPCA, ciclo e trajetória de juros.
O Tesouro Direto apresenta um cenário de taxas divergentes nesta quarta-feira (23). Enquanto os títulos indexados à inflação alcançam níveis recordes, os prefixados mostram uma tendência de desaceleração. A inflação continua sendo um fator crucial para os investidores.
No entanto, os investidores estão atentos às declarações de dirigentes do Banco Central, incluindo o presidente Roberto Campos Neto, em eventos em Washington. A aplicação financeira no Tesouro Direto exige uma análise cuidadosa dos investimentos. Nesse contexto, o governo busca atrair mais investidores para o Tesouro Direto, oferecendo títulos com taxas atraentes. A escolha certa pode fazer toda a diferença na rentabilidade dos investimentos.
O Tesouro Direto e a Incerteza Econômica
As declarações de Campos Neto ocorrem em um momento de incerteza econômica, onde os investidores estão receosos em relação à dívida pública brasileira e à trajetória dos juros. Em um cenário de incertezas, é natural que os investidores exijam mais retornos para emprestar dinheiro ao governo. Nesse caso, o Tesouro IPCA+, o queridinho do momento, é o mais influenciado pela projeção de alta da inflação e mais riscos no horizonte.
O Tesouro Direto é uma opção de investimento que oferece uma aplicação financeira segura e rentável, mas é importante entender como as taxas e preços dos títulos são inversamente proporcionais. Isso significa que, tanto nos papéis prefixados quanto naqueles indexados ao IPCA, quanto maior a taxa, menor o preço e vice-versa. Quando as taxas sobem, portanto, apesar de ser uma boa notícia para quem vai investir — já que assegura rentabilidade maior se mantiver a aplicação até o vencimento, o valor de mercado dos papéis diminui, o que implica em perda temporária para quem possui os títulos na carteira.
O Tesouro IPCA+ e a Projeção de Alta da Inflação
Declarações de integrantes do BC americano também são acompanhados com atenção, à medida que o mercado ajusta as suas expectativas em relação ao ciclo de flexibilização monetária nos Estados Unidos diante de dados econômicos fortes e a possibilidade de vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais em 5 de novembro, o que provavelmente limitaria a capacidade de o Fed cortar juros, por conta de um governo que arrecadaria menos sem a contrapartida nos gastos.
Por volta das 12h, o Tesouro IPCA 2029, o mais curto da modalidade, pagava 6,79% ao ano de retorno real, o mais valor desde que foi lançado. O patamar é considerado atrativo pelos analistas, que destacam, ainda, a função de protetor do papel na carteira contra o aumento dos preços. Na contramão, o Tesouro Prefixado com vencimento em 2031 deixava o patamar dos 13% atingidos na segunda-feira, passando a oferecer 12,93%. O recuo acontece em ajuste à disparada do começo da semana.
Recomendações de Investimento
Para a estrategista-chefe do Inter, Gabriela Joubert, nesse cenário, os títulos indexados à inflação (IPCA+) e também à Selic são os mais recomendados. ‘Quem tem menor apetite ao risco, um título com vencimento em 2029 é uma boa opção, mas preferimos o vencimento de 2035. Preferencialmente, optamos por títulos sem juros semestrais, capturando o valor total corrigido ao fim do período. No prefixado, estamos neutros, pois acreditamos que a relação risco-retorno acaba sendo pior’.
O Tesouro Direto é uma opção de investimento que oferece uma aplicação financeira segura e rentável, mas é importante entender como as taxas e preços dos títulos são inversamente proporcionais. Isso significa que, tanto nos papéis prefixados quanto naqueles indexados ao IPCA, quanto maior a taxa, menor o preço e vice-versa. Quando as taxas sobem, portanto, apesar de ser uma boa notícia para quem vai investir — já que assegura rentabilidade maior se mantiver a aplicação até o vencimento, o valor de mercado dos papéis diminui, o que implica em perda temporária para quem possui os títulos na carteira.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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