Itaú BBA prevê que a ex-estatal se torne um player de dividendos graças ao balanço e fim dos riscos com a CDE, com comparação de preços no mercado de capitais, robusto caixa e cash flow, free, yield positivo e payout de 100%.
As perspectivas de crescimento da Eletrobras, empresa estatal que atua no segmento de geração e distribuição de energia, têm sido foco de atenção dos especialistas financeiros. Entre os fatores que pesam a favor da empresa está a perspectiva de aumentar o pagamento de dividendos em breve, algo que não é novidade, mas sim um objetivo a ser alcançado.
A questão dos proventos da Eletrobras, em outras palavras, os pagamentos feitos aos seus acionistas, tem sido objeto de estudo por parte dos analistas financeiros. Como mencionado anteriormente, a empresa apresenta boas condições para aumentar o pagamento de dividendos, o que pode ser um sinal de crescimento e saúde financeira. O BTG Pactual, instituição financeira que já havia abordado o assunto, também foi seguido pelo Itaú BBA. Em seu relatório, o Itaú BBA reforça a ideia de que a Eletrobras tem todas as condições necessárias para aumentar o pagamento de proventos. Isso pode ser visto como uma ótima notícia para os investidores, pois sugere que a empresa está em uma boa situação para distribuir dividendos aos seus acionistas.
Dividendos: o novo foco da Eletrobras
Os analistas Marcelo Sá, Fillipe Andrade e Luiza Candiota destacam que os desenvolvimentos recentes nas negociações entre a Eletrobras e o governo federal para um acordo sobre o poder de voto da União, especialmente a retirada do ponto do repasse antecipado de quase R$ 25 bilhões para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), abrem caminho para o pagamento de mais dividendos. Eles enfatizam que a companhia apresenta um caixa robusto, de quase R$ 30 bilhões, e uma alavancagem baixa, com a relação entre a dívida líquida e o Ebitda atingindo 1,7 vez no terceiro trimestre.
Com uma baixa alavancagem e a perspectiva de cash flow yield positivo em diante, a Eletrobras está posicionada para registrar um dividend yield acima de 9% a partir de 2026, assumindo um payout de 100%, diz trecho do relatório do Itaú BBA. Ainda que a companhia tenha que fazer investimentos em projetos brownfield, especialmente para crescer a parte de transmissão, os analistas destacam que a Eletrobras está numa boa posição financeira para pagar dividendos em níveis atrativos no curto e médio prazo. A comparação com outros setores é feita pelos analistas para ilustrar a robustez da posição da companhia.
O tema também é visto como central pelo BTG Pactual. Em relatório que circulou pelo mercado na segunda-feira, 16 de dezembro, intitulado ‘Carta ao Conselho – é hora de dividendos’, os analistas Antonio Junqueira, Gisele Gushiken e Maria Resende dizem que a reestruturação vem produzindo resultados e que é hora de pensar em pagar mais proventos. Com sua escala, acesso ao mercado de capitais e ativos maduros, é muito difícil imaginar que a companhia vai encontrar múltiplas grandes (e atrativas) oportunidades de alocação de capital e evitar pagar dividendos robustos, diz trecho do relatório.
Para os analistas do BTG Pactual, a Eletrobras pode pagar de R$ 6 bilhões a R$ 8 bilhões em dividendos sem prejudicar o balanço financeiro. A possibilidade de pagamentos de se tornar um grande nome de dividendos, junto com um valuation considerado atrativo e boas perspectivas para o preço da energia no médio e longo prazo, fazem os analistas do Itaú BBA manterem a recomendação de compra para as ações da Eletrobras.
Mas a piora do cenário macro, aumentando o custo de capital próprio de 8% para 9%, foi um dos principais fatores para fazer com que os analistas reduzissem o preço-alvo das ações ordinárias de R$ 59,60 para R$ 54,90. O BTG Pactual possui recomendação de compra para as ações, com preço-alvo de R$ 59. Por volta das 11h57, as ações da Eletrobras subiam 0,57%, a R$ 35,22. No ano, elas acumulam queda de 15,6%, levando o valor de mercado a R$ 84 bilhões.
Fonte: @ NEO FEED
Comentários sobre este artigo