Cumprir promessas climáticas até 2060 exigiria 990 milhões de hectares de terra, afetando terras agrícolas globais, sumidouros naturais e ecossistemas degradados, com estratégias de reflorestamento para mitigar mudanças climáticas.
Um estudo recente revelou que os esforços dos países para alcançar seus compromissos climáticos podem demandar uma quantidade enorme de terra até 2060, o que pode afetar a Neutralidade de carbono em escala global. Isso ocorre porque a produção de energia renovável e a implementação de práticas agrícolas sustentáveis exigem grandes áreas de terra.
Para alcançar a Neutralidade de carbono, os países precisam adotar estratégias de mitigação climática eficazes, como a transição para fontes de energia limpa e a implementação de tecnologias de remoção de dióxido de carbono. Além disso, é fundamental que os países trabalhem juntos para alcançar as emissões líquidas zero e minimizar o impacto das mudanças climáticas. A Neutralidade de carbono é um objetivo ambicioso, mas alcançável, se os países estiverem dispostos a trabalhar juntos e adotar medidas concretas para reduzir suas emissões de gases de efeito estufa. A ação climática é urgente e necessária para proteger o planeta.
Neutralidade de carbono: um objetivo ameaçado
A busca pela Neutralidade de carbono pode estar enfrentando um obstáculo significativo. De acordo com uma pesquisa publicada na Nature Communications, cerca de um bilhão de hectares de terra, equivalente a um terço das terras agrícolas globais, seriam necessários para remover dióxido de carbono da atmosfera e atingir emissões líquidas zero. Isso representa um desafio significativo para a mitigação climática.
O estudo destaca a desconexão entre as expectativas dos governos sobre a terra e seu papel real na mitigação climática. Mais de 40% da terra precisaria ser convertida em florestas, enquanto os 60% restantes seriam usados para restaurar ecossistemas degradados por meio de estratégias, como reflorestamento. No entanto, a forte dependência da terra para mitigação climática levanta preocupações sobre potenciais impactos socioambientais.
A remoção de carbono da atmosfera por meio de sumidouros naturais, principalmente terra, tem sido um foco importante das promessas climáticas feitas sob o Acordo de Paris. No entanto, a quantidade exata de terra necessária e o prazo para atingir essas metas permanecem incertos. Estima-se que cumprir os compromissos de remoção de dióxido de carbono descritos nas promessas climáticas até 2060 exigiria 990 milhões de hectares de terra.
Desafios para a Neutralidade de carbono
Essa dependência substancial da terra representa desafios significativos, principalmente porque pode implicar a conversão de terras agrícolas existentes em florestas, potencialmente impactando a produção de alimentos e os meios de subsistência. Além disso, a complexidade de abordar as mudanças climáticas e atingir emissões líquidas zero é um desafio significativo.
Embora a redução das emissões de carbono e a promoção de práticas sustentáveis sejam cruciais, a dependência excessiva da terra para esforços de mitigação apresenta um dilema. Equilibrar as metas climáticas com outras necessidades sociais, como segurança alimentar e conservação da biodiversidade, requer consideração cuidadosa e abordagens holísticas.
É fundamental que formuladores de políticas, cientistas e partes interessadas avaliem as compensações e as consequências potenciais das mudanças no uso da terra para garantir soluções sustentáveis e inclusivas à medida que nos esforçamos para um futuro de emissões zero. A Neutralidade de carbono é um objetivo importante, mas é necessário abordar os desafios e complexidades envolvidos para alcançá-lo de forma eficaz.
Fonte: @Olhar Digital
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