Libra distribuirá R$ 151 milhões para cada clube da Série A, enquanto a LFU terá R$ 130 milhões. Jogada segura com emissoras, plataforma de pay-per-view e parte fixa. Contrato de cinco anos com detalhes específicos.
O Campeonato Brasileiro, considerado o maior torneio de futebol no Brasil, é um evento esportivo de grande destaque, contemplando o direito de transmissão de seus jogos. Os direitos de transmissão comercializados seguem a lógica de conquista e vendem-se a quem demonstra maior força financeira, garantindo assim aos clubes um valor maior para suas partidas.
Em 2023, após mais de um ano de negociações intensas, o Campeonato Brasileiro foi comercializado para o período entre 2025 e 2029. A transmissão de seus jogos foi vendida para dois blocos: o Libra e a Liga Forte União (LFU). A venda foi uma inovação, pois anteriormente, as tratativas eram conduzidas por uma única entidade, uma liga, ou por tratativas individuais de cada clube. Essa nova abordagem permitiu que os clubes recebessem um valor maior por suas partidas, refletindo a importância dos direitos de transmissão no contexto do esporte brasileiro.
Direitos de transmissão do Brasileirão: qual foi o vencedor do grande jogo de dinheiro?
Na disputa acirrada entre Libra e LFU para conquistar os mais altos lucros, podemos considerar que houve um empate técnico. A Libra adotou uma estratégia segura, firme e rápida, ao assinar um contrato único com a Globo em março de 2024. O grupo se desfez de todos os seus ativos por R$ 1,3 bilhão, mais 40% da receita líquida que a emissora auferiu com sua plataforma de pay-per-view, o Premiere. Essa quantia foi posteriormente ajustada em R$ 130 milhões devido à saída do Corinthians para a LFU. A parte fixa passou a ser de R$ 1,17 bilhão.
Quem ganhou e perdeu nos direitos de TV do Brasileirão
Os clubes que estavam relacionados à Libra são: Atlético-MG, Bahia, Flamengo, Grêmio, Palmeiras, Red Bull Bragantino, São Paulo, Santos, Vitória; Paysandu, Remo; ABC, Guarani; Sampaio Corrêa. Já a LFU envolve 33 clubes: Botafogo, Corinthians, Ceará, Cruzeiro, Fluminense, Fortaleza, Internacional, Juventude, Mirassol, Sport, Vasco; Atlético-GO; Athletico-PR, Amazonas, América-MG, Avaí, Botafogo-SP, Chapecoense, Coritiba, Criciúma, Cuiabá, CRB, Goiás, Novorizontino, Operário-PR, Vila Nova; CSA, Figueirense, Ituano, Londrina, Náutico, Ponte Preta, Tombense.
A LFU adotou uma estratégia mais arriscada, fragmentando seus direitos entre várias empresas de comunicação e levando mais tempo para concluir a venda. A Globo adquiriu o último pacote de partidas apenas na terça-feira da semana passada. A Amazon, a Record e o YouTube também adquiriram fatias dos direitos.
Os detalhes mais relevantes de cada contrato da LFU incluem:
* A Globo pagará R$ 850 milhões fixos para transmitir cinco partidas por rodada de 12 clubes. Esse valor é aumentado ou diminuído em R$ 100 milhões para cada membro da LFU a mais ou a menos na Série A. Além disso, há um pagamento adicional de 10% da receita bruta do Premiere em 2025. Esse percentual passa para 5% entre 2026 e 2029;
* A Amazon desembolsará R$ 265 milhões no primeiro ano de contrato para exibir uma partida com exclusividade no streaming. Essa quantia será reajustada em 10% a cada ano, de modo que a média para os cinco anos do contrato será de R$ 324 milhões;
* A Record pagará R$ 200 milhões para transmitir um jogo na televisão aberta, mesmo jogo que será passado pela CazéTV, no YouTube, que repassará R$ 175 milhões. Essa partida também será compartilhada com a Globo no streaming, via Premiere.
A LFU também conseguiu contratos de patrocínio para suas transmissões, ainda não anunciados formalmente. A Betano aportará R$ 87 milhões por ano para inserir sua marca nas imagens da Record e do YouTube. A casa de apostas também deverá patrocinar o bloco na Série B, com R$ 40 milhões. Esses direitos de transmissão ainda estão à venda.
Quanto será repassado para cada clube?
Após deduções de comissões e repasses, a Libra deverá distribuir em média R$ 151 milhões a cada um dos seus clubes, enquanto a LFU terá R$ 130 milhões. O cálculo foi feito considerando premissas adotadas pelos dirigentes para calcular alguma projeção de receitas, com o auxílio do ge.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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